À porta do pensamento
Me batem os devaneios
Devaneios que se apresentam para mim
Como a própria realidade
Vizível, real
Porém não racional
Devaneio comigo mesmo
Em um plano superior ao próprio ser
Quando desço
Vejo que nunca subi
Ou subi talvez
e já fora do meu estado de transcendência
Nada faz sentido
Obrigações bastardas de cada dia
Me impedem o pensamento
Me impedem a vida
Busco nas mínimas oportunidades
A representação de um prazer reprimido
Que talvez não saiba qual seja
Prazer de alguma coisa que não vivo
Prazer de alguma coisa que não é o que me apresentam
E como me apresento
Sentado à janela
Penso em coisas que não me lembro
Um cheiro me traz a lembrança
Do que?
Da onde?
Me deparo com a vida e não a conheço.
Percebo que nunca a via
exceto agora
Me dou conta de que hoje
não caibo mais em mim mesmo
Não aceito a pessoa que está em mim
Não sou eu
Não sou o que queria ser
Desejo ser alguma coisa
Coisa que não sei bem o que
Tento me definir através das próprias coisas que já sou
Vejo o que não quero
Descarto!
Substituo pelo o que?
Amor? Bondade?
Não sei se os desejo
Busco respostas para o meu vazio
Só encontro a mim mesmo
Ainda no estado que não quero
Me conformo
Continuo a olhar pela janela
Quero algo mais
Para mim, não me basto
Ainda!
Busco entender meus sentimentos...
ResponderExcluirMeus pensamentos confundem meu ser..
Projetei um futuro, não sei bem qual...
Mas não o que vivo hoje...
Ainda luto, pois a esperança é minha aliada...
Busco o entendimento...
Mas não sei o que busco...
Leio, escrevo palavras vagas, na tentativa de fazer algum sentido...
Creio estar no caminho correto, mas qual será o caminho errado?
Dúvidas!!!