terça-feira, 31 de agosto de 2010

"Fielzão"? Fiel a quem?


Personagens da trama:

Lula - presidente do Brasil
José Serra - candidato da oposição
Alberto Goldman - um dos amigos de Serra, governador de São Paulo
Ricardo Teixeira - presidente da CBF
Andrés Sanchez - presidente do Corinthians
Juvenal Juvêncio - presidente do São Paulo



Enredo:

Lula é amigo de Ricardo Teixeira, que é amigo de Serra, que não gosta do Lula mas evita dizer.

Ricardo Teixeira é amigo de Andrés Sanchez, que não gosta de Juvenal Juvêncio, que luta contra Ricardo Teixeira.

Juvenal possui condições de sediar a Copa do Mundo em seu estádio gigantesco, mas Ricardo Teixeira não quer prestigiar seu clube, porque não gosta de Juvenal. José Serra, Alberto Goldman e seus amigos nada fazem a respeito e demoram 2 anos para decidir o que ser feito.

Andrés Sanchez não possui estádio, mas é amigo de Ricardo Teixeira, de Lula, de Serra, de Goldman, dos amigos de Serra e de qualquer um que tenha poder e condições de ajudar seu clube, que possui mais de 30 milhões de adeptos.


Climax:

Surpreendentemente (para alguns), Teixeira ignora o estádio gigantesco de Juvenal, e apóia que Sanchez construa um novo. Lula apóia, Serra apóia, Goldman apóia, os amigos de Serra e Lula apóiam, e os 30 milhões de adeptos do clube de Sanchez ficam felizes. Assim, Teixeira pode desprestigiar Juvenal; Lula e Serra agradam os torcedores do time de Sanchez e os moradores de Itaquera. Usando, lógico, o dinheiro de quem paga impostos.

Apesar do absurdo que é construir um estádio desnecessário com dinheiro público (com ajuda parcial de uma empresa), Lula e seus amigos disputam contra Serra, Goldman e seus amigos pela paternidade do empreendimento.


Desfecho:

Hoje, véspera do centenário do Corinthians, Lula e Sanchez anunciaram a construção do "Fielzão", e o presidente nacional foi homenageado pelo clube. Vitória da politicagem. Derrota do dinheiro público e do bom senso.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Corrupção?

"As cobras" do Veríssimo pra descontrair (?) o clima tenso da corrida eleitoral.




Abraços e boa semana.

sábado, 28 de agosto de 2010

E agora?

Então são eleições: o tempo do debate. O tempo sério de discussão sobre os futuros do país, estado, etc. Em um mundo ideal existiriam pessoas sérias se dispondo a ser “A” nossa representação política nas camadas de poder. Mundo ideal, ou mesmo seu vislumbramento, hoje acredito já ser alguma coisa de ganância e pretensão exacerbada. Mesmo assim me pego iludido com projeções do vir a ser: mero momento de insensatez que logo a realidade me prova o contrário.

Mas, nosso sistema cognitivo insiste em nos ludibriar e nos fazer acreditar que a própria realidade é fictícia - um dia Platão nos disse que teríamos a dificuldade de acreditar na verdade pura: nessas horas provo o gosto amargo dessa teoria. Pois bem, em alguns momentos, parecidos com a crença num símbolo religioso, me pego pensando e discutindo de maneira séria os processos políticos do Brasil. Aí é quando, de forma repentina, como uma rasteira seguida de um chute na cara, a realidade me aparece:

Netinho empata com Quércia em pesquisa Datafolha e disputa em SP fica acirrada

Será realmente possível? Figuras inexperientes fazendo uso da sua imagem pública, nunca antes participante de ambientes de gestão política, se candidatando ao Senado Federal?! Figuras que vivem da “auto publicidade” através de programas que vivem das políticas de assistencialismo. Nada contra o assistencialismo civil enquanto o estado encurta seus braços. Mas como pensar em um candidato a senador, o qual a única experiência é baseada nesses tipos de práticas. Agora teremos um estado totalmente assistencialista? O que falar? Mas de outro lado, a culpa é dele? Ele apenas se candidata, sua seriedade deveria ser julgada pelos outros agentes políticos, vulgo população civil. Porém, a culpa é da maioridade dessa população? Voltaremos a falar da falta de informação? Quais as causas desses índices? O Estado que aliena a população no sentido de preservar a engrenagem governamental? Seriedade e moralidade são quesitos de eliminação para os processos políticos?

Prefiro pensar que ainda estou na caverna vendo os reflexos da realidade. Espero com uma fé religiosa que a realidade verdadeira seja o oposto dessas sombras.


OBS: pra quem não percebeu, voltamos!