quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Poesia sem nome

À porta do pensamento
Me batem os devaneios
Devaneios que se apresentam para mim
Como a própria realidade
Vizível, real
Porém não racional

Devaneio comigo mesmo
Em um plano superior ao próprio ser
Quando desço
Vejo que nunca subi
Ou subi talvez
e já fora do meu estado de transcendência
Nada faz sentido

Obrigações bastardas de cada dia
Me impedem o pensamento
Me impedem a vida

Busco nas mínimas oportunidades
A representação de um prazer reprimido
Que talvez não saiba qual seja
Prazer de alguma coisa que não vivo
Prazer de alguma coisa que não é o que me apresentam
E como me apresento

Sentado à janela
Penso em coisas que não me lembro
Um cheiro me traz a lembrança
Do que?
Da onde?

Me deparo com a vida e não a conheço.
Percebo que nunca a via
exceto agora

Me dou conta de que hoje
não caibo mais em mim mesmo
Não aceito a pessoa que está em mim
Não sou eu
Não sou o que queria ser

Desejo ser alguma coisa
Coisa que não sei bem o que
Tento me definir através das próprias coisas que já sou

Vejo o que não quero
Descarto!
Substituo pelo o que?
Amor? Bondade?
Não sei se os desejo

Busco respostas para o meu vazio
Só encontro a mim mesmo
Ainda no estado que não quero

Me conformo
Continuo a olhar pela janela

Quero algo mais
Para mim, não me basto


Ainda!

Um comentário:

  1. Busco entender meus sentimentos...
    Meus pensamentos confundem meu ser..

    Projetei um futuro, não sei bem qual...
    Mas não o que vivo hoje...

    Ainda luto, pois a esperança é minha aliada...
    Busco o entendimento...
    Mas não sei o que busco...

    Leio, escrevo palavras vagas, na tentativa de fazer algum sentido...

    Creio estar no caminho correto, mas qual será o caminho errado?

    Dúvidas!!!

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