domingo, 30 de novembro de 2008

Olá queridos!

Como hoje é dia de tema livre, não vou postar nada que exija extrema reflexão...

Aqui vão dois links:

Um que contém mtas tirinhas bacanas da Mafalda:

http://clubedamafalda.blogspot.com/

E outro que é de um trabalho de um fotógrafo com fotos, postais e objetos.
Uma obra de arte!

http://www.flickr.com/search/?q=souvenirs&w=79664273%40N00&s=int&ss=2&ct=6&page=4

Espero que gostem!

Um Beijo!

Colombina

sábado, 29 de novembro de 2008

Ensino Religioso

Saudações pessoas.

Primeiramente venho questionar: o que é que acontece com nossos assíduos comentaristas?
Estariam todos na labuta diária deste penoso fim de ano?
Ou estaríamos nós sendo prolixos na arte da escrita?
Peço que deixem dicas e críticas para melhor vos satisfazer.

Feitas essas salientações, dou o tema dessa publicação: o ensino religioso.
Graças a nossa queridinha e doce mídia brasileira mais um assunto um tanto quanto importante foi deixado de lado para se dar espaço a assuntos mais prodigiosos como o futebol.
Pra quem ainda não sabe, em sua última visita a Itália nosso popular presidente fez uma visita ao Vaticano onde assinou um compromisso de se integrar obrigatoriamente ao currículo da educação básica o 'Ensino Religioso' como matéria.


Pois bem, não vou entrar na questão de estado laico porque isso pra mim é impossível.
Basta ver que diariamente o tema religião é tratado nas escolas, seja na aula de português ou na de história. Ou o fato do estado Francês se proclamar laico mas fazer uma dura perseguição a liberdade religiosa em espaços públicos.
Acontece que o intuito do ensino religioso, apesar de ser assinado no Vaticano, é o de ensinar aos alunos religião, ou seja, englobando a todas e sem se transformar em uma catequese.

Sem querer me prolongar em um grande texto já que você, meu querido leitor, provavelmente está fadigado e com a mente de férias, deixo algumas questões pra reflexão:

1) Realmente essas aulas não serão tendenciadas pela religiosidade do professor?
2) As aulas existentes já não são influenciadas pela religião do professor? (ex: criacionismo x evolucionsmo na biologia ou a abordagem da inquisião na história)
3) É importante se ter consciência da vastidão de pensamentos religiosos?
4) O que você acha importante de se tratar nessas aulas? (ex: conceito de religião ou o funcionamento de cada religiosidade)

Cumprindo minha promessa de ser sintético, considerem essa publicação encerrada.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Olá internautas!

Como vão todos?

Dezembro tá aí, o ano já tá acabando, e aposto que todo mundo está naquela correria típica de fim de ano... por achar que assim como eu, todos estão super esgotados e implorando por férias rs meu post será light e trará uma opção viável de relaxamento para quem puder separar alguns minutos do dia e dedicá-los a ouvir uma boa música!

Roberto Frejat... conhecem né? Cantor e guitarrista, fundador da banda Barão Vermelho - companheiro de Cazuza em diversas parcerias. Fantástico, tem uma voz penetrante que faz com que cada verso de suas músicas soem de maneira diferente, de um jeito que parece nos tocar profundamente!

É um excelente compositor e é muito fácil de enxergar ou enxergar alguma situação familiar nas letras que ele compõe! Pois bem, passando o meu momento de veneração rsrs venho fazer propaganda do mais novo álbum solo dele, lançado em setembro desse ano - Intimidade Entre Estranhos! Na primeira "ouvida" parece ser meloso demais, poucas faixas são agitadas do jeito que marcou o primeiro disco solo dele Amor para Recomeçar; mas depois que a gente escuta com calma, sozinhos, sem pressa... é bastante reflexivo! E acredito que nessa época do ano todos nós refletimos sobre as coisas que passaram, não só na nossa vida, mas que se passaram no mundo em geral. Então aí vai a minha sugestão para quem também que boas músicas podem provocar e motivar as pessoas a serem quem elas realmente querem ser!
Saudações!

Você não quer ver nada além do seu umbigo
E eu quero ver o que há depois do perigo
Você acha que ninguém sofre mais do que você
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer

Ando pelas ruas cheirando a fumaça dos motores
Enquanto você fantasia suas dores de amores

Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Você não quer ver nada além do seu mundinho
E eu prefiro escrever meu próprio caminho
Você acha que ninguém sofre mais do que você
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer

Você sonha ser princesa em castelos fabulosos
Enquanto eu vago na cidade entre inocentes e criminosos

Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Fique com os seus bonsais, seus haicaisSua paz, suas flores, seu jardim de inverno
Se isso é céu
Eu prefiro meu inferno

Porque você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

20 anos de Constituição!

Comemoramos esse ano, os 20 anos da nossa Constituição Nacional.
É uma data que deve ser lembrada.

É devido a ela:
- A implantação do Sistema único de Saúde (SUS).
- A defesa do consumidor.
- Defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.
- A eleição direta para a presidência da república.
- O voto universal.
-Garantia do valor mínimo de aposentadorias.
- Redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais.
- Transformação do racismo em crime inafiançável.

É fato que a constituição recebeu muitas emendas, (62! ) depois de 1988, algumas mudando totalmente o que havia sido dito antes, recebeu também muitas medidas provisórias, coisa muita contestada.

Óbvio que a constituição é problemática, principalmente em termos econômicos.
Além disso, podemos ver diariamente que ela é utilizada “com dois pesos e duas medidas” de acordo com a classe social e os interesses dos poderes.
A constituição, que ganhou o apelido de Cidadã, não é, portanto, uma das mais democráticas.

deixo aqui um link de um texto de Uadi Lammêgo Bulos, que traz algumas críticas interessantes a constituição.

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=11798

Fica ai pessoal...
Um outro tema para pensarmos!

Desculpem o atraso (o post deveria ter sido enviado ontem!)
e até logo!!

Colombina

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Pensemos...

Boa noite meus queridos...

Primeiramente agradecer as controvérsias do meu último post... de uma certa forma conseguimos fazer salientar os objetivos deste blog... a discussão, a discórdia e assim por diante...

Contudo, essa semana estava eu pensando sobre o post de hoje e creio que o tema que irei discutir não irá agradar à um determinado amigo nosso, um certo Casmurro presente em nosso blog. Por isso, primeiramente, dedico este post ao nosso amigo Bentinho, que há muito calunia a imagem de nossa amada Capitu.

Indiscutivel a importância de Machado em nossa literatura, mas nos atamos a esta famigerada pergunta que há tempo nos rodeia: Capitu traiu ou não Bentinho?

Ultimamente li essa obra novamente, e sinceramente, hoje com a leitura mais aprimorada e cuidadosa, não consegui evidências irrefutáveis da traição de Capitu, mas sim da casmurrice precoce de Bentinho, mesmo que esse se declare desta forma apenas quando adulto. Portanto, vamos por partes.

Primeiramente lembremos que alguns 'ques' de casmurrice Bentinho já apresenta em sua infância, tendo por exemplo a passagem em que este fica totalmente transtornado por ter achado que Capitu direcionava o olhar a um cavaleiro que passava na rua, bem no fim de semana que voltara do feriado. Lembrem da construção ilusória que Bentinho fez dessa passagem.

Lendo e ouvindo comentários sobre o livro, cheguei à uma conclusão que pode ser a chave desse dilema, e por favor, discordem e apontem outras se for o caso...
Essa chave está mais precisamente no capitulo CXXXV, se não me engano, aquele intitulado OTELO...

"Jantei fora. De noite fui ao teatro. Representava-se justamente Otelo, que eu não vira nem lera nunca; sabia apenas o assunto, e estimei a coincidência. Vi as grandes raivas do mouro, por causa de um lenço. —um simples lenço!—e aqui dou matéria à meditação dos psicólogos deste e de outros continentes, pois não me pude furtar à observação de que um lenço bastou a acender os ciúmes de Otelo e compor a mais sublime tragédia deste mundo. Os lenços perderam-se. hoje são precisos os próprios lençóis; alguma vez nem lençóis há e valem só as camisas. Tais eram as idéias que me iam passando pela cabeça, vagas e turvas, à medida que o mouro rolava convulso, e Iago destilava a sua calúnia. Nos intervalos não me levantava da cadeira- não queria expor-me a encontrar algum conhecido. As senhoras ficavam quase todas nos camarotes, enquanto os homens iam fumar. Então eu perguntava a mim mesmo se alguma daquelas não teria amado alguém que jazesse agora no cemitério, e vinham outras incoerências, até que o pano subia e continuava a peça. O último ato mostrou-me que não eu, mas Capitu devia morrer. Ouvi as súplicas de Desdêmona, as suas palavras amorosas e puras, e a fúria do mouro, e a morte que este lhe deu entre aplausos frenéticos do público.
—E era inocente, vinha eu dizendo rua abaixo; — que faria o público, se ela deveras fosse culpada, tão culpada como Capitu? E que morte lhe daria o mouro? Um travesseiro não bastaria; era preciso sangue e fogo, um fogo intenso e vasto, que a consumisse de todo, e a reduzisse a pó, e o pó seria lançado ao vento, como eterna extinção...
Vaguei pelas ruas o resto da noite. Ceei, é verdade um quase nada, mas o bastante para ir até à manhã. Vi as últimas horas da noite e as primeiras do dia, vi os derradeiros passeadores e os primeiros varredores, as primeiras carroças, os primeiros ruídos, os primeiros albores, um dia que vinha depois do outro e me veria ir para nunca mais voltar. As ruas que eu andava como que me fugiam por si mesmas. Não tornaria a contemplar o mar da Glória, nem a serra dos órgãos, nem a fortaleza de Santa Cruz e as outras. A gente que passava não era tanta, como nos dias comuns da semana, mas era já numerosa e ia a algum trabalho, que repetiria depois; eu é que não repetiria mais nada.
Cheguei a casa, abri a porta devagarinho, subi pé ante pé, e meti-me no gabinete, iam dar seis horas. Tirei o veneno do bolso, fiquei em mangas de camisa, e escrevi ainda uma carta, a última, dirigida a Capitu. Nenhuma das outras era para ela; senti necessidade de lhe dizer uma palavra em que lhe ficasse o remorso da minha morte. Escrevi dous textos. O primeiro queimei-o por ser longo e difuso. O segundo continha só o necessário, claro e breve. Não lhe lembrava o nosso passado, nem as lutas havidas, nem alegria alguma; falava-lhe só de Escobar e da necessidade de morrer."


Vamos portanto, ao ponto principal... De certa forma aqui, Bentinho justifica toda a sua construção da traição de Capitu, em uma obra onde o protagonista mata a amante de forma errada, ou seja, na peça de Otelo, Desdêmora é inocente, vitima do delirio de Otelo, quando este baseou seu homicidio na evidencia de um lenço. Temos então que Bentinho se faz convencer pela seguinte hipotese: Se Otelo matou Desdemora por causa de um lenço, porque não posso fazer o mesmo com Capitu, por muito mais?


É esta a impressão que tenho da obra, talvez aqui esteja a chave que Machado tenha deixado para a compreensão desse dilema. Vale ressaltar que na época do livro, o público na sua grande maioria não se valia do conhecimento da peça de Otelo para compreender essa possivel chave da obra.

Fica ai minha sugestão... Deveria enfatizar alguns pontos, porém o post já está grande demais...
Fica ai o convite à leitura critica do livro para concordar ou discordar da minha posição...

Obs: Bentinho, não se preocupe, Capitu nunca lhe traiu com Escobar... Mas sim traiu Escobar , a vida inteira, com voce!!!

Um grande abraço e ótima semana a todos!!!
PS: O Haroldo não para de me pedir para que mande saudações...então ai vai: SAUDAÇÕES DO HAROLDO

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Ahh.. que tal um bom filme durante a semana?!

Vim hoje aqui para falar-lhes, queridos internautas, a respeito de um filme brasileiro, já que precisamos prestigiar nosso cinema e suas grandes produções, então vou tratar hoje aqui do “Quanto vale ou é por quilo?”, filme de 2005, dirigido por Sérgio Bianchi.

A estrutura narrativa do filme é bastante interessante e inovadora. Mostrando a história de pequenos casos que acontecem no cotidiano, o longa-metragem também faz um paralelo com a escravidão do século XIX, mostrando o comércio de escravos e as relações de poder existentes entre os proprietários e os escravos.

O capitão do mato seria o matador de aluguel – grande existente nas grandes cidades hoje em dia – que funciona como um trabalho terceirizado, nas duas épocas. O retrato e a analogia também ressaltam a falência das instituições públicas, a “responsabilidade social” usada como marketing pelas empresas atuais, a corrupção e o individualismo, o pensar em si mesmo somente, nas duas épocas. O desfecho do filme mostra duas possibilidades que não eram propriamente esperadas pelo espectador.

O filme traz também algumas teses interessantes, tais como:
· A função social dos pobres na sociedade seria, aos olhos dos capitalistas, unicamente a de fechar o ciclo para a circulação do dinheiro;
· O individualismo das pessoas como um todo, que não se importam com as causas sociais existentes;
· A falência das instituições do país, onde o governo público não dá conta de atuar em várias áreas;
· A responsabilidade social sendo usada como estratégia de marketing para as empresas e corporações.
· A questão da mercadoria, onde se compra algo para vender mais caro. Usa-se a mercadoria e a mais-valia para se ganhar dinheiro.
· A terceirização dos serviços como uma provável nova forma de trabalho escravo.
· As ONGs têm caixa-dois, superfaturamentos, enfim, muitas delas não cumprem o seu papel de auxílio social.

Diversas frases marcam o filme e muitas delas, junto com as cenas, explicam as teses ressaltadas. Entre elas está o fato de que nas empresas que trazem o símbolo da responsabilidade social vendem até mais caro porque se dizem engajadas com o bem-comum, o que fica claro no filme que não é puramente verdade, já que ocorre a corrupção e desvio de muitas verbas públicas em prol do benefício de particulares e, nem sempre a responsabilidade social dessas empresas é voltada especificamente para uma melhoria da cidadania. Uma passagem que revela esse valor capitalista nas empresas é quando a personagem de Caco Ciocler diz em uma festa: “Invista em causas sociais: é bom para o próximo, é bom para a sua empresa”.
Além disso, explicitando mais ainda a visão necessária do lucro na sociedade capitalista, a mesma personagem diz da contratação de presidiários, sob a óptica da “re-inclusão social”, que pode ser bastante rentável aos empresários, já que se pode pagar menos à eles e estes não têm porquê se rebelarem, uma vez que precisam prestar contas à Justiça e não podem cometer nenhum desvio de conduta enquanto estão em observação.

Uma frase que é repetida algumas vezes durante a trama explicita de forma muito chocante, porém verdadeira o caráter social e político do filme: “Com o dinheiro da recompensa por trazer a escrava grávida que havia fugido, o capitão do mato poderia criar o seu filho, alimentá-lo e educá-lo com dignidade e liberdade”. Essa frase é dita quando no século XVIII e XIX, os capitães do mato recebiam a recompensa pela captura dos escravos, sendo que sacrificavam os filhos das negras (que seriam também escravos quando nascessem) para que pudessem criar os seus filhos, mostrando a diferença entre as classes sociais e o individualismo das pessoas. E nos dias de hoje, a cena é a última do filme, quando Candinho leva para casa uma recompensa e, com ela, poderia criar o seu filho com a dignidade que merecia.

Sobre a terceirização como forma de escravidão, pode-se dizer que atualmente a flexibilização das leis trabalhistas é a que marca a questão, já que não existe o vínculo empregatício entre a empresa e o trabalhador, não é necessário o oferecimento direto de férias, de folga semanal, enfim, os direitos dos trabalhadores terceirizados acabam ficando mais restritos. E a lógica do mercado, no sentido de que os pobres só servem à sociedade na questão do consumo, o ator Lázaro Ramos deixa isso claro em uma das falas de sua personagem: “O que vale é ter liberdade para consumir, essa é a verdadeira funcionalidade da democracia", explicando a tese de que eles fecham o ciclo da circulação do capital.

Outra questão marcante é a do projeto de inclusão digital proposto no filme, que seria um ótimo projeto, mas a empresa criada para isso super-faturou os computadores, criou caixa-dois, enfim, praticou diversos atos deploráveis no sentido da cidadania. Um ponto que ainda deve ser ressaltado sobre o aspecto do lucro é que na aula de gestão, que é mostrada durante o filme, os alunos aprendem a relação custo-benefício, a relação que deve existir entre beneficente e beneficiário, sempre buscando o maior aproveitamento e rentabilidade para as empresas.

O filme, baseado no conto “Pai contra mãe” de Machado de Assis e em algumas crônicas de Nireu Cavalcanti sobre a escravidão é um excelente trabalho que mostra em suas entrelinhas o pensamento clássico da sociedade capitalista em que vivemos.

Sobre a democracia, o filme nos mostra que é o sistema política vivido no Brasil – e na grande maioria dos outros países – porque é o sistema que melhor favorece o liberalismo econômico, sendo, por isso, o sistema do consumo.

É mais um filme que suscita a discussão e o pensamento, deixando todos extasiados diante da lógica perversa da sociedade, onde ninguém se importa com ninguém e os outros indivíduos somente são lembrados quando precisam fechar o ciclo de circulação do dinheiro. É-nos mostrado como muitos vêem as crianças de rua como lixos, que sujam as cidades e devem ser removidas, como os idosos são desrespeitados, abandonados em asilos, sem nenhum tratamento realmente eficaz, como as mazelas da sociedade são apagadas por causa de pequenas ações que não têm um cunho social intenso e válido de verdade.

É importante ressaltar que existem ONGs e ONGs, que nem todas agem da mesma forma e muitas lutam realmente para promover mais dignidade e cidadania para as pessoas, porém a crítica do filme recai em cima da falência das instituições públicas que além de não conseguirem cumprir com o seu papel, não fiscalizam a aplicação das verbas, permitindo que as empresas que as recebem não prestem contas verdadeiras e super-faturem todos os preços, além do desvio de verbas, que ocorre em todos os setores da nossa sociedade e faz tanto mal pra quem realmente precisa.

E vocês, o que acham da instituição de ONGs onde o governo não atua?! Ou mais do que isso, acreditam que elas funcionem de verdade?! Ou como no filme, muitas são somente fachada para o desvio de dinheiro!?
Até a próxima, Vermelho


E ai galera?


Para discontrair um pouco vou contar uma historia, a historia do papai noel, que, apesar de mtos acharem q ele eh invenção do mercado para induzir o consumismo (ele tb eh isso claro) de fato ele existiu.


Seu verdadeiro nome era Nicolau. Nasceu no século III d.C., em Petara, na atual Turquia. Ficou encarcerado por um tempo por não negar sua fé em Cristo. Entretanto, com a ascenção de Constantino no poder, e com a incorporação do cristianismo como religião oficial do império romando, Nicolau foi liberto.


Apesar de sua libertação e da oficialização do cristianismo, Nicolau teve problemas com a igreja. Ele era bispo de Mira e, em um debate entre os lideres religiosos, Nicolau se levanta e esbofeteia um de seus antagonistas. Com isso ele perde o cargo de bispo. Porém ele não deixa de atuar como cristão.


Nicolau fica conhecido por ajudar as pessoas pobres e principalmente as crianças carentes. Após sua morte ele é santificado pela igreja que reconhece varios milagres feitos por ele. Seus milagres acabam aumentando sua fama e suas historias, onde fica dificil saber qual é verdadeira. Uma das mais conhecidas é a de que um casal pobre não havia dinheiro para custear o dote do casamento de suas filhas e q Nicolau teria jogado, à noite, um saco com dinheiro na porta da casa desta familia.


Estas e outras historias fizeram com que Nicolau ficasse mto famoso na Europa, sendo o dia 6 de dezembro o seu dia (dia em que morreu). Com o protestantismo, o culto a Nicolau diminui, apenas na Holanda ainda era presente onde o chamavam de Sinterklaas. Com o tempo a lenda do Sinterklaas se fundiu com outras lendas, como a de um mago da mitologia nordica q andava num trenó e q premiava as crianças boas e castigava as ruins.


Os emigrantes holandeses levaram aos EUA a lenda do Sinterklaas. Lá ele ficou conhecido como Santa Claus, pq era mais facil de se pronuciar, e criaram a imagem do velinho alegre q percorria o mundo distribuindo presentes.


Em 1866 o cartunista Thomas Nast cria a imagem do papai noel q temos hj, com um detalhe dificil de se imaginar: o papai noel vestia azul e não vermelho. Finalmente, em 1931, através de uma grande camapanha publicitaria, a Coca-Cola veste o papai noel de vermelho.


É interessante ver as mudanças ocorridas ao longo do tempo. Será q o msm acontecerá com os nossos famosos de hj em dia sendo q num futuro eles formarão uma lenda totalmente diferente doq eram?Bom, fica essa pergunta para se pensar. E falando nisso falta 1 mês para o natal, eh bom que comecemos a planejar as coisas.


É isso moçada. Fica a foto dos dois noéis


Flw.


Ass: Shem


sábado, 22 de novembro de 2008

Ópio do Povo?

Boa Noite.

Hoje era dia de nossa apaixonante colega Colombina falar-vos, mas por problemas de última hora venho substituí-la. Falemos de um tema sempre polêmico, conforme definiu nossa assídua visitante Amelie Poulan: religião.

Max Weber, em sua grande obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, faz uma magistral e polêmica análise, identificando oe elementos culturais/religiosos que se fizeram fundamentais à gênese do capitalismo, tal como conhecemos.

Michel Löwy, sociólogo brasileiro, desenvolve um interessante trabalho analisando a esquerda cristã na América Latina. Busca mostrar como muitos cristãos (sobretudo católicos) aderiram a pressupostos marxistas e foram fundamentais na resistência às ditaduras. As insureições populares em Nicaragüa (em que a resistência tomou o poder) e El Salvador nos anos 70 e 80 só foram possíveis graças ao apoio de cristãos, inclusive padres e bispos. No Brasil, as chamadas Comunidades Eclesiais de Base - em que eram (e são) feitos trabalhos de conscientização e apoio a lutas populares - chegaram a abranger 3 milhões de fiéis, e foram fundamentais na resistência à ditadura (padres foram presos e torturados) e na fundação do Partido dos Trabalhadores.

Löwy (marxista e ateu) vendo a mairoria absoluta cristã no continente, chega fazer a discutível afirmação: “em numerosos países da América Latina, a revolução será feita com a participação dos cristãos, ou não se fará...”

Vemos, no entanto, que as correntes esquerdistas católicas - parte da chamada Teologia da Libertação - sofrem resistência: pelo individualismo religioso pentecostal e neopentecostal, pelo conservadorismo papal e pelos marxistas mais radicais, que refutam qualquer espécie de religião.

Pois bem. Suponhamos que nosso bom e velho Weber esteja certo. Suponhamos que os valores subjetivos, construídos pela religião, sejam fundamentais para o curso histórico. Será que é possível pensar na superação do capitalismo sem se considerar a esfera religiosa? Será que uma sociedade sem classes só será possível com a difusão completa do ateísmo? Será que a religião é sempre o "ópio do povo"?

Novamente, deixo perguntas.
E meu posicionamento, já que foi um post nada imparcial.

Abraços e até a próxima!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Pareço Moderno?

Saudações pessoas.

Poderia usar desse espaço pra falar do show do Offspring que se foi, do P.O.D. e do Queen que se aproximam, da parceria do McCartney com Bob Dylan...

Mas não, usarei esse espaço somente para falar de nossa musicalidade tupiniquim.

Não falarei de bandas em evidência.
Não sou crítico musical, não toco instrumento algum.
Ouço uma banda e, sem nenhuma base concreta, afirmo se a considero boa ou ruim.
E ultimamente tenho me dedicado a escutar ao máximo bandas brasileiras com pouca divulgação na mídia (sim, bandas ditas alternativas), seja qual for o gênero que toquem.
Por acaso escutei essa banda e pensei: uau, que demais!
E agora compartilho com vocês:


Não comentarei nada sobre eles: acessem, escutem, tirem suas conclusões e as diga nos comentários.

Também quero manifestar a real importância da tolerância ao ecletismo musical:
O gênero musical realmente reflete uma postura ou classe social?
Uma música ser popular ou de fácil execução quer dizer que necessariamente é ruim?
O que faz pessoas ou grupos sociais se identificarem com um gênero musical?
Qual importância de se preservar musicalidades típicas? Elas são mesmo típicas?
Por quê essa aversão a certas musicalidades?
Por quê certos músicos (como Marcelo Camelo ou Caetano Veloso) incomodam tanta gente?
Por quê quem gosta de um gênero musical se vê obrigado a não gostar de outro?
Por quê a música brasileira é tão desvalorizada entre os brasileiros mesmo sendo valorizada no exterior?

Enfim, não darei nenhuma resposta.

Assim termino essa estranha e enfezada publicação.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008


Boa tarde internautas!
Em algumas cidades do país hoje é feriado! Feriado em homenagem a o que mesmo? Ah... aos negros! Pois é “Dia da Consciência Negra”; parece até estranho discutir preconceito racial com a recém vitória de um negro na Casa Branca né, para alguns isso é um sinal de que o preconceito está sendo superado no mundo ocidental, já outros justificam com argumentações do tipo ‘é que a maioria da população norte americana é negra’.
Com ou sem Obama, sabemos que o preconceito racial tem sido combatido por uma série de governos, mas também sabemos que está MUITO longe de ser superado; a criação de ONGs e comunidades humanitárias caminha no mesmo ritmo que a criação e/ou manutenção de grupos neo-nazistas e similares... quando achamos que estamos superando a discrimanação racial ela se consolida com total força em outras partes do mundo, ou do nosso país, ou do nosso estado, ou da nossa cidade, não é mesmo?

Acabei de me lembrar de um projeto do governo Vargas para “branquear” a população brasileira, chega a ser cômico, não podemos ignorar todos os outros aspectos positivos do governo dele, mas branquear a população de um país de grande maioria mestiça é querer consolidar (mais uma vez) o domínio ideológico do branco-europeu-superior contra o negro- escravo-inferior! Temos que parar de pensar e analisar tudo de acordo com os padrões americanos e europeus, a nossa história é diferente da deles, o nosso país também, nossa população tem diferentes valores e realidades! Mas aí vem uma elite (branca) que acha glamuroso viver como vivem os europeus, que ignora os negros esquecendo que foram eles que levantaram o país às custas de seu próprio suor, sobre condições não humanas. Mas na hora do Carnaval todo mundo para pra ver os ‘negões’ e as ‘negonas’ sambarem espetacularmente, na hora do futebol todo mundo torce pro Ronaldinho Gaúcho, pro Robinho e os tratam como verdadeiros heróis nacionais!

Mas quando um negro está na mesma calçada a noite, todo mundo (sem querer generalizar, mas de certa forma generalizando) se arrepia e fica desconfiado né? O mercado de trabalho brasileiro confirma cada vez mais esse preconceito imbutido: há uma diferença tremenda entre o salário de um negro e o salário de um branco para o mesmo cargo, a mulher negra é mais mal paga do país (mas também né...empregadas domésticas, tão querendo o que?) a hierarquia dos salários é formada por homens brancos no topo e negros na base, mas na hora de entrevistar um empregador ele jamais fala que tem esse preconceito; e isso é o pior de tudo no nosso país (na minha opinião): o preconceito que a gente sente é velado, ninguém fala que sente, ninguém saí na rua defendendo os brancos ou exibe com orgulho a carterinha de sócio da Sociedade Eugênica de São Paulo por exemplo. E é por isso que eu acho tão difícil ser combatida toda essa discriminação no nosso país, porque em um primeiro olhar superficial, de pesquisas de opinião superficiais... parece que o preconceito quase não existe, ou que está sendo superado rapidamente, que o nível de integração nacional está alto!

E quais são as medidas adotadas pelo nosso governo? Feriados, exigência legal de um certo número de empregados negros nas empresas, “cotas nas Universidades”? Não vou me alongar sobre esse assunto porque acho que cabe a outro post e porque é tão polêmico quanto este, mas acredito que nosso governo não age na real base estrutural do problema, ele apenas vai lapidando as exteriorizações decorrentes deste problema!


O agir deve ser sob a consciência do povo brasileiro; tentando suprir essa rídicula concepção que nós temos desde sempre de que o ‘estilo de ser’ europeu-americano é o que deve ser tido como ideal a ser alcançado, isso é um absurdo!!! E dificulta cada vez mais a formação de uma identidade nacional com reconhecimento das nossas raízes e acolhimento de todas essas diferenças que no final das contas nos tornam apenas um: brasileiro!



Saudações! Vou comer um acarajé em comemoração ao grande dia!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Literatura infanto-juvenil e Religião


Nesta bela e ensolarada quarta-feira, me arrisco a falar sobre literatura. Embora eu goste muito de ficções, a crítica literária está longe de ser minha maior área de afinidade (contradição de alguém se vale da alcunha de um personagem literário clássico). Decidi não abordar aqui nenhum grande clássico. Vou dedicar minhas palavras a uma breve dica: a trilogia Fronteiras do Universo.

Aparentemente, é uma obra infanto-juvenil descompromissada, a la Harry Potter. Passa-se num universo paralelo, muito parecido com o nosso mundo, com três diferenças fundamentais: a alma humana é exteriorizada na forma de animal – os chamados deamons –, a Reforma Protestante não aconteceu e a Igreja Católica mantém seu poder temporal em pleno século XX.

Com viagens entre universos paralelos, personagens mitológicos, alianças políticas complexas, disputas violentas por poder e uma protagonista que mistura inocência e malícia de forma incrível, a obra nos prende de maneira fascinante e, a todo momento, nos impele a pensar nossa própria realidade.

No decorrer da trama, se revela uma dura crítica ao fundamentalismo religioso e ao poder político das instituições religiosas, mostrando, em última instância, a necessidade de uma união universal de oprimidos de todos os povos para superar as instituições que geram opressão e dominam as consciências. E essa luta ocorre em âmbito universal. O resultado almejado é a libertação de todos, inclusive após a morte (representada de maneira muito diferente de qualquer religião), na luta contra a alienação (tanto no sentido vulgar quanto no marxista). A descrição dispensa citações sociológicas.

No cinema, o primeiro livro da trilogia – A Bússola de Ouro – ganhou caráter excessivamente infantil e a crítica à Igreja é bastante amenizada. Não é um filme que eu recomende, ainda que seja estrelado por velhos conhecidos como Nicole Kidman e Daniel Craig.

Lanço algumas questões:

    • Quais são os impactos de uma obra infanto-juvenil criticar duramente a concepção religiosa e – nesse caso – o próprio Deus (que na trama é o grande vilão), dado que a enorme maioria do mundo possui alguma crença transcendental?

    • O fundamentalismo religioso é, justamente, merecedor de críticas, principalmente nos casos em que grupos religiosos detém poder político (catolicismo na Idade Média, paises do Oriente Médio, etc.). Isso significa que, necessariamente, uma instituição religiosa que detenha poder político trará resultados perversos? (é interessante verificar se é possível uma analogia com povos “primitivos” em que poder religioso se confundia com o político)

Não vou me posicionar, apenas lanço as questões. E deixo uma dica aos amantes da leitura para as próximas férias. É um livro de fácil leitura, que começa infantil mas ganha um caráter até mesmo sinistro em seu desenrolar.




segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Ahh... A Sétima Arte

Gente, primeiramente, uma boa segunda a todos, e ótimo começo de semana...Semana pequena aliás, quinta temos feriado...VIVA A CONSCIÊNCIA NEGRA!!
Gostaria de discorrer sobre esse tema, ótimo por sinal, mas sugiro que o encarregado da postagem de quinta fale sobre isso... Ótima discussão..

Bom, entramos na segunda semana do
BECO LIVRE... e como todo começo de semana, como toda segunda, falemos de cinema...




Foto clássica essa do Chaplin não é mesmo?! Estava pensando esses dias sobre qual filme falar...e percebi que é quase um pecado, pelo menos pra mim, falarmos de cinema sem falarmos do Carlitos...
Vários filmes sensacionais, dificil de escolher apenas um...
Mas pro ponto onde quero chegar escolhi o Grande Ditador...
Só para abreviar, o filme é uma sátira e um duro enfrentamento à Hitler, quem não assistiu, por favor ASSISTA...

Contudo, quero usar esse filme pra perguntar uma coisa... QUAL O PAPEL DA ARTE?

Nesse filme, que foi lançado em 1940, Chaplin faz uma sátira e um enfrentamento a uma das mais cruéis ideologias da história recente... AI me deparo hoje com filmes industriais, que não tem nenhuma posição sobre nada... não quero restringir aqui o caráter politico, mas tambem nao tem nenhum posicionamento cultural, ético, moral, ou seja, o cinema, em muitos casos, deixou de ser um arte, passou realmente a ser uma indústria...o que me entristece...
Arte como manifestação da realidade deixou de existir... qual o sentido da arte então? é ela ser vazia? ser apenas expressão de uma subjetividade oprimida? sobre os amores perdidos? sobre os chifres levados? Quanta banalização!!!

Deêm uma olhada no último discurso de Chaplin neste filme...




Em meio a grande guerra, onde povos se matam ele faz um discurso emocionante sobre a paz, sobre um ideário de vida, ou que você quiser entender... sobre uma sociedade igualitária...uma critica ao capitalismo e o avanço das máquinas sobre os homens... um discurso que vai de encontro ao pensamento de liberdade e contra todo o processo de subsunção que está acontecendo na época...mais que tudo ele se POSICIONA...

Muitas pessoas podem ir contra o que eu digo, dizendo que qualquer tipo de arte deve ser um tipo de expressão livre...Porém, não discordo disso, só acredito que não vivemos no mundo perfeito onde podemos deixar de lado o mundo real... o problema não é a arte ser uma livre expressão, é ela ter se tornado, como via de regra, uma expressão de nada...

Me arrepia quando ouço, por exemplo o nosso poeta Ferreira Gullar... poeta que se aliou ao partido comunista brasileiro... me arrepio pois ouço em sua poesia o retrato de sua época... do absurdo que foi nossa ditadura militar...
Me arrepio hoje quando vejo o filme LINHA DE PASSE, do diretor Walter Salles, quando este retrata de forma muito fiel, a realidade da periferia urbana de São Paulo...
E choro quando ouço artistas ou bandas que passam seu periodo de produtividade inteiro se atendo apenas ao carater subjetivo, sem levar em consideração qualquer carater da realidade...
não que a arte deva ser isso (expressão livre) ou aquilo (engajamento com a realidade), apenas acredito que deva, na obra de qualquer artista, haver uma contraposição entre estes dois pontos...
sem nenhuma repudia à qualquer tipo de expressão artistica (((parte do texto modificada devido a discussão que se segue, onde mostraram que havia me precipitado, ou melhor, não tinha me esclarecido de acordo com o que queria dizer...Grato))))

Por isso me pergunto...QUAL O SENTIDO OU O DEVER DA ARTE?
Não estou indo contra qualquer tipo de expressão artistica, apenas contra o esvaziamento da própria arte em muitos aspectos... defendo que a arte também deve se engajar de um posicionamento...de um relato, mesmo que subjetivo, do real...um relato das injustiças, das contradições, etc.

Defendo a arte, contanto que ela não seja vazia!!!
Defendo a arte, contanto que ela tenha um sentido!!!
Defendo a arte, acima de tudo, quando esta não se esquece do contexto em que foi ou está sendo produzida!!!

domingo, 16 de novembro de 2008

E pra quebrar um pouco o clima de discussões, que tal um pouco de lazer?!

Como no dia de hoje o tema deste tão prestigiado blog é livre, venho aqui propor uma viagem ao paraíso chamado Bonito, cidade do Mato Grosso do Sul.
A aproximadamente 14h de viagem de carro, partindo de São Paulo, Bonito é uma cidade encantadora por suas belezas naturais. Vale a pena passar todo este tempo de admiração de paisagem com plantações de soja (tema que pode ser discutido um outro dia, eu proponho) para depois nos depararmos com rios e mais rios de águas cristalinas, com cachoeiras grandes e pequenas, para todos os gostos, para os medrosos ou não.
É impossível sair da cidade sem uma boa impressão, isto porque é também interessante notar todo o amparo que existe ao turista e a preocupação do povo bonitense com a hospitalidade. Pessoas simples te levam a conhecer a Praia de Água Doce, onde o mergulho no raso já possibilita o contato com gigantes pacus, ou então a Gruta do Lago Azul, tão famosa pelas formações de estalactites, ou até mesmo o Aquário Natural, que é onde descemos o rio com aparelhagem adequada e com a companhia de um guia, apreciando o mergulho com diversas espécies de peixe, por isso o nome tão sugestivo, pois a impressão é de estarmos nós também naquelas condições.
Para os mais aventureiros, Bonito tem a opções de rafting, descendo corredeiras com emoção, ou as Cachoeiras do Rio de Peixe, que são uma boa pedida para quem gosta de estar em contato direto com a natureza preservada (como aliás em todos os outros pontos turísticos citados), que é o que tanto falta no Brasil de hoje, além da valorização do turismo nacional.
Para não ficar tão perdido este post aqui, sugiro a reflexão sobre o tema abordado acima. Por que será que os brasileiros preferem viajar para fora do país à conhecer maravilhas nossas?! Será que isso mudaria (ou mudará) com a crise econômica atual?! E a respeito da preservação, estaríamos todos conscientes de que é preciso mudar nossa forma de vida!?
Abraços,
Vermelho.

o verde x a verdinha

Boa noite galera!!
Hummm... à primeira vista o título deste post pode parecer algo como guerra dos sexos entre os marcianos ou algo deste genero. Seria até interessante um post desse tipo. Mas ele se refere ao meio-ambiente e ao capitalismo (lamento desapontar vcs U.U). Bem sabemos q há uma ardua batalha entre os tratores invenciveis de aço das grandes empresas contra... as plantas, uma luta desigual q bem sabemos quem está ganhando, o capital. Mas se não houver mais natureza como nos sustentaremos? Ou melhor, como o capital sobreviverá? Não há moderação na exploração da natureza; msm com as medidas tomadas por alguns governos a devastação continua.
Esta semana, acidentalmente, acabei lendo um aviso. No papel estavam escritas palavras desesperadas de alguns campineiros pedindo ajuda à quem lêsse. Infelizmente eu acabei perdendo o papel...O.O! mas vou dar uma passada meio q por cima do q eu li, prometo q assim q puder eu escrevo td ao pé da letra. Havia uma certa insituição católica q fora abandonada há algum tempo, o terreno acabou se tornando um parque e moradia de varias animais, inclusive animais raros como tucanos e certos tps de macacos.
Recentemente o terreno fora comprado por uma montadora de peças...se não me engano acho q era de carros, e é ai q vem a angustia dos campineiros. O parque está sendo devastado para q se possa construir a empresa. Insatisfeitos e indignados, os moradores estam travando uma luta contra este gigante na esperança de salvarem uma das poucas áreas verdes e pacificas, que serve tanto para passear com seus filhos como para fazer caminhadas e trilhas. Eles informaram a prefeitura e esta mandou q as obras fossem paradas e q se investigasse o caso. Mas até qd a obra ficará parada?? Será q o parque será salvo? Bom, duvido q isto aconteça, msm pq está longe da lógica do nosso sistema. Os moradores então fizeram aquele aviso apelando para q as pessoas ajudassem como pudessem. Hj de manhã haveria um grande abraço à algumas arvores como sinal de protesto.
Mas a verdadeira inimiga do meio-ambiente msm eh a irresponsabilidade das pessoas; não vejo mais este problema como falta de conscientização da população. Em São Paulo, a SABESP, empresa responsável pelo saneamento basico da cidade, vive tentando conscientizar a população através de cursos e propagandas à economizar água. Msm assim ainda vj inumeras casas q insistem em lavar a calçada. Oras - me pergunto - pra que lavar a calçada sendo q daqui a 10 minutos inumeras pessoas vão pisteá-la e disseminar inumeras bactérias em sua superfície novamente? O caso do parque eh outro exemplo: tds sabemos q as áreas verdes na região sudeste sofreu graves agressões, - a mata atlantica eh quase um mito - msm assim grandes empresários insistem em construir suas empresas em cima das arvores e animas. Bom, talvez eu esteja sendo duro demais com eles, pode ser q eles têm aversão à natureza ou eh alguma guerra particular ...um conflito de classes...classes antagonicas! Arboriado x burguesia (q viajem U.U). Além disso existe o caso das lixeiras de reciclagem, que ou são ignoradas ou pouco usadas pelas pessoas qd existem em menor quantidade q as lixeiras normais, ou viram lixeiras normais onde as pessoas desrespeitam a classificação da lixeira e jogam td tp de lixo.
Bom galera. Com este post espero q vcs tentem ajudar a natureza contra esta batalha. Não precisam fuzilar os criminosos ambientais, mas pelo menos consumam água moderadamente e usem o lixo reciclável e, se não for pedir mto, talvez seja, dêem apoio à galera q luta por alguma causa do tp do parque em Campinas. É isso.
Bom fds a tds.


Ass:
Shem

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sexta-feira...dia de música no Beco!

Olá pessoal!

Indo direto ao assunto...

O que Passou:
O R.E.M. terminou sua turnê pelo Brasil, com um show em Sampa.
A crítica (no caso, blogueiros e a galera do orkut..) disse que o show, apesar de não conter todos os clássicos da banda, foi maravilhoso!
Elogiaram a produção do evento e também a interação de Michel, cantor da banda, com o público.
Em meio ao show, o vocalista comemorou a vitória de Obama nas eleições dos Estados Unidos!

A dica:
Marcelo Camelo (ex - Los Hermanos- banda que de acordo com os integrantes, está dando um tempo.) lançou e produziu seu 1º CD solo.
Este leva o título de “Sou”, contém 14 músicas, todas arranjadas pela banda Hurtmold, sendo Jantar e Doce Solidão com participação de Mallu Magalhães (que tem apenas 16 anos!) e Liberdade com participação de Dominguinhos.
O CD é lindo! Cheio da introspecção e subjetividade tradicional de Marcelo Camelo, e nada repetitivo já que as canções são muito diferentes umas das outras.
Vale lembrar que Camelo, paralelamente aos trabalhos com o “Sou”, toca numa banda de música experimental chamada “Imprevisíveis”, sobre a qual não posso opinar, pois não ouvi.
Li por aí, que os Imprevisíveis não almejam chegar as rádios, só se juntam mesmo pra fazer um som.

A polêmica:
Há um projeto no Senado, que se aceito restringe os dias em que estudantes e pessoas com mais de 60 anos pagam metade do preço em ingressos.
Para os cinemas, não serão vendidas meios entradas aos finais de semana e feriados, para peças teatrais, SHOWS e outros eventos, as meias não serão vendidas de quintas a sábados.
Outra proposta da lei é unificar as carteiras estudantis para que não seja possível a fraude.
A UNE posicionou-se a favor da unificação da carterinha, mas, contra a restrição do direito à pagar meia entrada. Os comerciantes favoráveis, afirmam que de acordo com as leis de mercado, com a restrição do direito de pagar metade nos ingressos aos finais de semana os preços para todos os clientes automaticamente cairão.
Se o projeto for aprovado no Senado, ainda terá de passar pela Câmara dos Deputados.

Essa mudança na lei que garante a meia entrada é justa ou apenas perda de direito?
Como assegurar a queda nos preços, se hoje vemos que as bilheterias não têm total controle de quem é estudante e quem não o é?

Até Breve!!

Colombina.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

As catástrofes são úteis.

Saudações pessoas.
Sem muitas churumingas ou cordialidades aqui inicío os meus escritos.


Considerando a amplitude do tema destinado a esse dia, aquele temido e abrangente palavrão começado com a letra P, penso que a idéia prevalente do assunto tratado seria Mr. Hussein que agora governará aquela "roma em chamas". Mas francamente, tal assunto está em demasiado batido, chacoalhado, explorado e discutido ao ponto de eu não ver o que mais poderia ser dito sobre isso. A única coisa que afirmo é que: seu valor simbólico é sim extasiante e isso pode ser revertido em muitas façanhas políticas internas. Mas as políticas externas de uma potência (será que ainda o é?) imperialista (até quando?) não vão mudar de forma significativa por causa de, nas palavras do sr. Berlusconi, "um rapaz simpático e com um belo bronzeado". Lembrando a todos a severa implicância dos "demos" ianques perante nossa queridinha e sensual latinidade política, como o conto do livre comércio pregado pelo último "demo" (aquele muito atencioso com suas estagiárias).

Assim sendo, agora sim chego ao foco dessa publicação: a crise!

Sim meus caros, política e economia dormem no mesmo berço.
Já se perguntaram o que seria do mundo, se os economistas que o governam tivessem lido com mais atenção um tal de Karl Heinrich? (aquele alemão barbudo que não falava coisa com coisa e ainda vivia do dinheiro do amigo, lembram?).
É no quinto volume de sua maior obra que Karlinhos deixa claro que seu pensamento ainda é o mais importante para alguém que tenha algum interesse em entender esse tal de capitalismo.
Os trechos que seguem mostram como sua teoria ainda é válida, mas que por certas ideologias (pregadas por aquele que estão falindo) foram julgadas como idéias ultrapassadas e jogadas ao limbo da imperfeição no fantástico mundo das utopias:

“Num sistema de produção em que o mecanismo do processo de reprodução repousa sobre o crédito, se este cessa bruscamente admitindo-se apenas pagamento de contado, deve evidentemente sobrevir uma crise, corrida violenta aos meios de pagamento. Por isso, à primeira vista, toda crise se configura como simples crise de crédito e crise de dinheiro. E na realidade trata-se apenas da conversibilidade das letras em dinheiro. Mas, essas letras representam, na maioria dos casos, compras e vendas reais cuja expansão ultrapassa de longe as exigências da sociedade, o que constitui, em última análise, a razão de toda a crise.”

"Ademais, massa enorme dessas letras representa especulações puras que desmoronam à luz do dia; ou especulações conduzidas com capital alheio, porém, mal sucedidas: finalmente, capitais-mercadorias que se depreciaram ou ficaram mesmo invendáveis, ou retornos irrealizáveis de capital"

"Tudo aqui está às avessas, pois, nesse mundo de papel, não aparecem o preço real e seus elementos efetivos, vendo-se apenas barras, dinheiro, sonantes, bilhetes, letras, valores mobiliários”.

“Representa para o possuidor e para o credor deste (e como garantia de letras e empréstimos), menos capital-dinheiro que ao tempo em que foi adquirido e em que, por ele garantidos, se efetuaram descontos e empréstimos."

Não sei quanto a vocês, mas eu penso que essa análise feita no século retrasado é um tanto quanto mais precisa do que as encontradas hoje ao se abrir alguns jornalecos por aí ou ligar aquela caixa luminosa no horário nobre (??) para se escutar os especialistas (??).

Nem preciso comentar os trechos e muito menos relacioná-los com a atualidade, né?
O que me deixa pasmo, meus caros, é saber que existe toda uma gama de figuras mitológicas, faunas tupiniquins e verbos imperativos (demos, tucanos e Veja) defendendo um tal de neoliberalismo! E ainda mais, que o governo corte os custos!

Sem querer me prolongar mais, aqui deixo meu apelo a uma reflexão.
E não se esqueçam:

"Ao vencedor as batatas".

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

As intermitências da morte


Quebrando um pouco clima formal decorrente da discussão sobre educação no post anterior... vamos falar de literatura rs na verdade fazer uma propaganda de um livro recente e excelente!
As Intermitências da morte, de José Saramago, lançado em 2005!
O livro trata de um país que a partir da virada de ano ninguém mais morre, a morte (tratada no livro em letra minúscula mesmo) deixa de agir, de tanto que as pessoas reclamam dela! A partir daí o autor começa a narrar a felicidade geral de alguns, misturada com a infelicidade de outros e com o desespero sobretudo econômico de uma série de setores: funerário, seguradoras, hospitais...
Mas o mais interessante é o desespero da autoridade religiosa local porque fim da morte significa que não há ressurreição, e não havendo tal... não faz sentido existir a religião! Começado todo esse caos, as pessoas depositam cada vez mais confiança no primeiro ministro que governa juntamente com um Rei, que (como nunca acontece no mundo real) só é informado das coisas que acontecem quando elas chegam no limite.
Depois que passou o momento de euforia, aos poucos algumas pessoas começaram a lamentar a ausência de morte, principalmente as que queriam morrer e aquelas que tinham parentes que estavam em uma espécie de 'coma' e os hospitais e casas de repouso mandavam de volta para a família cuidar. Então essas famílias começaram a atravessar a fronteira e deixar que os parentes morressem e fossem enterrados em terras vazias de outro país. Essa prática se tornou tão constante que o governo teve que intervir colocando um monte de soldados nessa fronteira; mas como em qualquer situação, por mais suja que seja, sempre tem gente pra lucrar em cima, uma máphia passou a ameaçar o governo pra que alguns soldados 'deixassem' o livre comércio de pessoas a morrer continuar; e o governo cedeu!
Mas o caos social atingiu certas dimensões que fez com que a própria morte intervisse novamente e voltasse a matar, mas com um bônus para a população: ela avisaria com uma semana de antecedência de seu único e fatal golpe, através de uma carta entregue pelos correios locais, para que as pessoas que fossem morrer pudessem se despedir adequadamente de sua existência terrena...

A partir daí a narrativa fica impossível de ser interrompida. O autor passa a descrever a morte, que obviamente é mulher; e sua longa e solitária existência milenar! Revela o lado frágil da morte, suas angústias e indagações, sua inveja dos homens por nunca ter vivido e ao mesmo tempo sua curiosidade por conhecer a vida, por saber o que é viver. A narrativa se desloca do mundo real e todas as complicações e frustrações mundanas, para uma dimensão desconhecida por todos nós, pintada sempre como o fim de tudo ou como o meio necessário para se atingir uma eternidade de bons frutos (não para todos, é claro...). Um certo dia, escrevendo de seu próprio punho as cartas diárias a serem enviadas, a morte se depara com algo nunca ocorrido durante o exercício de sua eterna função: a devolução de uma carta! Tentou envia-la novamente, e mais uma vez ela voltou! Até que a morte constatou que tal destinatário deveria ter morrido há uma semana...mas continuava a viver... como???
Indignada com tal fato a morte resolve tomar suas próprias providências, ignorando ensinamentos e práticas milenares, mas.................

eu não vou contar né! Deixo a leitura de fascinante obra sob interesse do leitor! Espero ter conseguido instigar alguém a lê-la, porque realmente vale a pena!

" Você não é a vida - Sou muito menos complicada que ela ".

Saudações!

De desculpas ao cinema brasileiro.

Bem-vindos, caros leitores!

Primeiro, venho pedir desculpas pelo atraso deste post. E como não vou postergá-lo com desculpas aí vai!


Partindo de um projeto quase que ideológico, neste blog propomos, como já disse nosso querido camarada Calvin em seu texto inicial, a liberdade de nos expressarmos sem vínculo algum com academicismo ou algum "ismo" qualquer que seja ele. Quando idealizávamos o que faríamos e o que iríamos propor, decidimos por adotar pseudônimos a fim de mantermos nossa identidade, nossas aspirações e pontos de vista, sem sofrer qualquer tipo de coerção. Escolhemos temas a fim de tentar apenas manter uma “ordem” e forçar a nós mesmos uma pesquisa em determinados campos que pouco conhecemos. Retomando novamente o post de nosso camarada Calvin, quando escreveu: “que se abram as cortinas...” nada melhor do que falar de um espetáculo e por que não, penso eu, não abordar a sétima arte, sim, meu querido internauta, o cinema!

Este fim de semana assisti ao filme Meu nome não é Johnny, baseado em uma história real, que resumindo trata da vida de um jovem de classe média que se torna um expoente, na década de 80, do consumo e da venda de entorpecentes.
Digo que não foi o melhor filme brasileiro a que assisti, mas vou dividir este texto em duas partes. Na primeira, abordarei o cinema brasileiro com algumas dicas de filmes. Na segunda, vou abordar o filme citado, com o intuito de gerar uma discussão entre companheiros de blog e internautas...

Apesar de não conhecer muito bem o cinema brasileiro antes da década de 50, sei que este viveu tempos de glória antes da invasão dos enlatados americanos. Percebo agora uma lenta volta do cinema brasileiro ao circuito mundial e digo que fico muito feliz com isto. Vou ressaltar as últimas produções a que tive a oportunidade de assistir e creio que seria de bom grado que vocês as assistissem.
O primeiro título a indicar seria Ensaio sobre a cegueira, homônimo do livro brilhante do escritor português José Saramago, dirigido por Fernando Meirelles que também destaco como brilhantíssimo diretor. O filme é pesado, até difícil de assistir. Chocou-me, pois me fez lembrar de como o ser humando pode ser mau e de como pode se chegar a barbárie rapidamente. Longe de mim ser rousseauniano para acreditar que o homem é bom por natureza e muito menos da minha ingenuidade de pensar que não estamos em uma barbárie, mas o filme nos faz pensar e lembrar como a barbárie e a maldade estão presentes, só não estão visíveis à maioria.
Não vou me extender na crítica de tal filme.
Retorno as indicações de filmes para quem sabe esse próximo fim de semana, quem sabe naquela tarde de domingo ociosa. Ainda tratando do diretor Fernando Meirelles, destaco Cidade de Deus (2002) e Domésticas (2001).
Destaco ainda como ótimas pedidas os filmes: O pai ó, Carandiru, Madame Satã e O Auto da compadecida cada um a seu estilo.

Bem, retomando o filme Meu nome não é Johnny, colocou-me algumas questões. O personagem encarnado na fase adulta por Selton Mello tem contato com as drogas na fase adolescente. Ainda nesta fase, o personagem vê a separação dos pais e fica sobre a guarda do pai, que sofre de uma doença respiratória. Até aí levanto as seguintes questões: a facilidade de contato com as drogas na adolescência e a "moral" aplicada à doença do pai que, usuário de cigarro convicto, mesmo com um cancêr(suponho) não larga o vício. Não enfrentando nenhum tipo de problema, o personagem principal começa a fazer pequenos tráficos e logo se torna um traficante da classe média-alta. Os pontos a que quero chegar são estes:
-Por que um jovem de classe média carioca se envolve no tráfico? É porque a família não estava estruturada e, assim, não conseguiu mostrar ao jovem o caminho dito correto pela sociedade ou a facilidade do dinheiro proporcionado pelo tráfico corrompe todas as classes?
-Qual o papel do Estado perante o tráfico? Deve-se pensar neste problema como um caso de saúde pública ou como um problema de segurança nacional , já que a maioria dos entorpecentes é produzida fora das fronteiras brasileiras e seu tráfico envolve a questão fronteiriça?

Deixo essas questões, meus caros!
Espero que vão à locadora ou ao cinema ainda esta semana e prestigiem o cinema brasileiro, que tem muita coisa boa!

Ao som de Pixies - Hey

Beijos me liguem!

Snoopy

terça-feira, 11 de novembro de 2008

8 motivos para lutar por uma educação melhor

Boa tarde.

Há uma semana, quando discutíamos o que este humilde blog trataria, algum insensato disse "podemos falar sobre educação". Logo pensei "Idiota. Educação? Mas que tema mais fora de moda. Não há o que se falar sobre educação. Hoje em dia nosso governo já consegue atingir a todos e os investimentos já são bem melhores".

Enfim, mas como sou como Bentinho (sim, aquele do Machado), gosto de achar pelo em ovo e questionar coisas que não fazem sentido. Por isso, em divagações inúteis, pensei em 8 críticas, 8 motivos para lutar por uma educação melhor. São apenas fruto de uma imaginação muito fértil, a la Dom Casmurro, que talvez queiram dizer alguma coisa. Só peço que me perdoem pela excessiva formalidade.

1 – A educação é instrumento de dominação ideológica das classes dominantes. De tudo que escrevo hoje, acredito este ser o item menos questionável. Não pretendo dizer que, no pouco espaço de liberdade que tem em seu trabalho, o educador não possa intervir e “atrapalhar” o processo de reprodução da ideologia das classes dominantes. Mas, de qualquer maneira, o sistema educacional como um todo, suas legislações e métodos, estão à serviço da perpetuação do domínio do grande capital.

2 – Ainda presenciamos o predomínio de uma educação tradicional. Todo educador, ou a maioria deles, dirá que uma das principais funções da educação é formar indivíduos autônomos. Esta pretensão se revela controversa ao vermos a prática pedagógica predominante, cujo auge da estupidez se deu na Ditadura Militar. É uma prática que ainda se baseia muito mais no controle e na disciplina que na construção de valores a partir do próprio indivíduo. Assim, forma um indivíduo heterônomo, nunca autônomo. Seria inocência demais não ver relação deste item com o anterior.

3 – A educação brasileira é marcada por forte dualismo. É brutal a diferença de condições de ensino entre as classes. Ao estudar como aparece a educação através das Constituições, veremos uma tendência, com algumas descontinuidades, a se privilegiar cada vez mais o ensino privado. Há incentivos fiscais diversos à escola privada, mas investimentos ridículos no ensino público. O que pode ser deduzido é que, para as classes que detêm o poder, a idéia de melhoria do ensino se aproxima mais de se expandir e “baratear” o ensino privado do que de se qualificar o ensino público. É claro que isto é fruto de um Estado dominado pelo mercado. E quando a educação vira mercadoria, ela não atende mais ao interesse público, e sim aos interesses individuais de quem a vende.

4 – O ensino se propõe a preparar o aluno para algo que é escasso. Provavelmente, o desemprego nunca foi um problema tão presente como na atualidade. Assim, se é preocupante uma educação que enfoque apenas o mercado de trabalho, é mais preocupante ainda quando esse mercado está escasso. Quem terá acesso às poucas vagas que o mercado fornece? Largam na frente os que tiveram melhor condição de renda; aqueles cujo aprendizado não foi comprometido por situações de penúria e desnutrição na infância; os que possuem “capital social”; os filhos de empresários, etc. E aos outros, de que valerá um ensino focado no mercado? Boa pergunta.

5 – Vivemos um processo de precarização universitária. Em nome da expansão de vagas, tudo tem valido. O Prouni (Programa universidade para todos) garante bolsas a estudantes de baixa renda em instituições particulares de ensino superior. Em troca, elas recebem incentivos fiscais. O problema é que a qualidade dessas instituições é cada vez pior, em vistas de um bom preço. Educação está virando um bom negócio, sobretudo no ensino superior. Além dessa questão mercadológica, nas universidades estaduais paulistas, por exemplo, vimos um aumento enorme de vagas e cursos, mas não de investimento. O resultado inevitável é a queda na qualidade.

6 – A formação docente é deficitária. Sobretudo aos professores do ensino público (com destaque aos da rede estadual, no caso de São Paulo), a formação é bastante precária. Primeiro, porque o ensino superior está sendo precarizado, e a queda de qualidade do ensino resulta na queda da qualidade do futuro docente. Segundo, porque durante a vida profissional do professor da escola pública estadual, poucas oportunidades de qualificação e educação são oferecidas pelo Estado.

7 – Os professores são mal remunerados. É difícil falar disso sem cair na obviedade: os professores recebem mal. Por receberem mal, precisam de vários empregos. Tendo vários empregos, seu tempo para preparação cuidadosa das aulas é escasso. Com tempo escasso e pouco dinheiro, não podem se atualizar, estudar, especializar, enfim, continuar seu processo de formação. Tudo isso é óbvio e muito falado. O que é estranho é que, mesmo sendo tão óbvio, nada é feito.

8 – O vestibular constitui-se uma seleção elitista. De modo geral, nosso ensino fundamental e médio está enraizado numa concepção “bancária” da educação, imposta pela ideologia dominante a que já me referi. Ao invés de levarem os alunos a problematizar e olhar de maneira crítica a realidade em que vivem, os professores “depositam” o conhecimento e os alunos o armazenam. Assim, é possível prever as características dos serão os selecionados: 1)são, salvo exceções, beneficiados pela mesma ideologia que institui uma concepção pedagógica “bancária” e, por isso, mais adaptados a ela; 2)são os que, numa concepção “bancária”, receberam melhores “depósitos”, ou seja, os que aprenderam (leia-se: decoraram) integralmente o conteúdo que cai na prova, com professores mais qualificados, em estrutura física adequada, número de alunos razoável por sala, etc. Resultado: quem tem melhor condição financeira está mais apto a ser aprovado.

Por enquanto, basta. Faltou falar de várias outras coisas (Reuni, Ensino Religioso, polemica das cotas universitárias, etc.), mas imagino que nosso caro internauta já esteja exausto de baboseiras. Deixo para meus colegas falarem desses temas irrelevantes, ou quem sabe aprofundarem o que acabei de escrever.

Que meus colegas do Blog e nossos visitantes comentadores sintam-se à vontade para discordâncias.

Agradeço vossa atenção,

Ass: Bentinho

domingo, 9 de novembro de 2008

Comecemos...


Bem Vindos!!!

Hoje começa a caminhada do Beco Livre...

Aqui, onde personagens como Calvin, Snoopy, Colombina, Bentinho, Quincas Borba e muitos outros tomam vida...

Onde se expressam sem compromisso...

Um lugar criado com o intuito de se gerar polêmica...

Sim, polêmica... Tanto entre nós, como entre vocês...

Uma polêmica descompromissada...

Um espaço onde nós e vocês podemos expressar todas as opiniões, sem rancor, sem pudor, sem constrangimento, sem MEDO...

Sem medo de estar certo ou errado...

Sem medo de ser de direita ou de esquerda...

De ser capitalista ou socioalista, quiçá anarquista...

Um lugar onde nos escondemos, mas ao mesmo tempo nos pronunciamos...

Um lugar restrito, porém abrangente...

Um lugar acima de tudo de resistência...

Resistência esta sincera...

Resistência contra o academicismo e suas restrições e regras da forma de expressão...

Resistência contra o pensamento condicionado...

Contra a condição do pensamento...

Um lugar onde se pode tudo, mesmo quando se tem de se esconder no intuito de preservar sua opinião livre, desapegada e descompromissada...

Um lugar que está coberto pelo breu da noite...

Um lugar que pode ser tanto a viela, como o apartamento...

Tanto a esquina, como o beco...

Mas que tenham a única regra de serem livres...

BECOS LIVRES....

Onde se tem, além desta regra, um único dever: de se expressar...

Onde podemos visar muitas vezes o acerto, mesmo quando isso corresponda a inúmeros erros...

Um lugar onde procuramos acima de tudo romper com a inércia do pensamento atual...

Tentando construir um espaço de interdisciplinaridade...

De livre expressão...

De repudia de qualquer tipo de opressão...

Quem sabe, talvez, de uma nova interpretação da realidade...

Um espaço onde discutiremos assuntos como: Cinema, Educação, Literatura, Politíca e muitos outros assunto que se achem relevantes...

ONDE QUALQUER ASSUNTO É RELEVANTE...

Onde a discussão é mais que bem vinda...

Onde encontramos na controvérsia o nosso crescimento...


Perguntem-nos:
- Dizes que caminham... Mas caminham para onde?

Responder-te-emos:
- Não sabemos... APENAS CAMINHAMOS...


Que se abram as cortinas...

E atenção, neste espetáculo, todos somos os atores...


Ass.: CALVIN