sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Post do Leitor

Conforme pedido, disponibilizamos este espaço para o leitor.


Plínio para Miss Brasil
(por Fernando Bizzarro)



Desde o início das campanhas eleitorais, parte significativa da esquerda tem gastado sua saliva para criticar o modelo de distribuição de tempo de TV para os candidatos à Presidência e também os formatos adotados pelas emissoras de televisão durante os debates e as coberturas jornalísticas da campanha. São dois os argumentos fundamentais: o primeiro dá conta de demonstrar que essa desigualdade no acesso aos meios de comunicação durante a campanha eleitoral não passa de uma estratégia da mídia burguesa para cercear os direitos dos candidatos dos trabalhadores durante a campanha, impedindo que estes apresentem suas propostas que contrariam os interesses da mídia e da burguesia a qual ela está vinculada; o segundo argumento, derivado do primeiro, é o de que essa forma de fazer campanha política é, na verdade, antidemocrática, porque não permite que os candidatos disputem os votos dos eleitores em condições de igualdade, valendo-se dos recursos e dos meios de comunicação com equidade, disputando “democraticamente” o voto do eleitor-espectador; consequentemente, Plínio, Zé Maria, Rui Costa Pimenta têm baixíssimo apoio eleitoral justamente porque lhes falta espaço para apresentar suas propostas.

Minha pergunta para quem critica a falsa democracia derivada da desigual utilização dos meios de comunicação é bastante clara: estamos falando de política ou de concurso de miss?

Sim, senhores, concursos de miss. Concursos de miss têm equidade. Todas as candidatas desfilam em trajes de banho, depois em trajes de gala, depois cantam, dançam e falam uma frase extraída diretamente da página 57 de um livro qualquer de citações. Todas fazem as mesmas coisas, têm os mesmos direitos, e deixam para os juízes a função de escolher aquela que melhor corresponde aos predicados exigidos para moças dessa estirpe.

Democracia, eleições, disputa política não são concursos de miss. Dizer que a desigualdade de condições no uso dos meios de comunicação é antidemocrática é um raciocínio falso. Mais verdadeiro é o raciocínio que percebe que a proposta de concurso de miss travestido de democracia é profundamente antipolítica.

Não nos esqueçamos, jamais, que a democracia é um regime da política. E enquanto tal, precisa dar conta dos elementos que compõe a política desde Maquiavel: precisa dar conta das relações de força, da dinâmica da sociedade e, no caso da democracia de massas, de um elemento implacavelmente desigual que é o apoio eleitoral.

Imaginar que só é democrático aquele regime no qual os eleitores se comportam como juízes de um concurso de miss, ou seja, o regime no qual os eleitores observam todos os candidatos igualmente e escolhem os que melhor preenchem os predicados previamente definidos é de uma ingenuidade atroz. A democracia é um regime político e enquanto tal não pode ser feito apenas por Polianas.

Nas últimas 4 eleições para presidente, PT e PSDB concentraram 80% do eleitorado. O PSTU teve 400 mil votos na sua candidatura à Presidente em 2006 (menos que Clodovil). Imaginar que é democrático que ambos disponham do mesmo tempo para apresentar suas propostas é jogar fora a força de cada proposta dentro do contexto democrático. Uma é a proposta de 50 milhões de brasileiros. Outra é a proposta de 30 milhões de brasileiros. Finalmente, a do PCO é a de 80 mil brasileiros. Sugerir que elas devam ter o mesmo tempo de televisão é, como já foi dito, ingênuo e antipolítico.

Por fim, para já esclarecer antes que algum comentário invoque a conclusão já apontada acima: não é o pouco tempo de televisão que faz com que o PSTU, o PSOL, o PCB não conquistem votos. Pelo menos não exclusivamente. Há um exemplo histórico no Brasil que mostra como que tal argumento é absurdo.

O PT nunca foi o partido preferido da burguesia. Pelo contrário, foi principalmente durante a década de 80 a principal esperança socialista no cenário político brasileiro (mesmo que o partido jamais tenha sido de fato socialista). E mesmo assim ganhou eleições, fez bancadas no parlamento, elegeu prefeitos, governadores, e, finalmente, elegeu o presidente da República. E nunca teve tanto tempo de TV assim. Só foi ter mais tempo de TV que o candidato do PSDB em 2006. Em 1989, 1994, 1998 e 2002 tinha menos tempo. E ainda assim ganhou eleições.

É, enfim, um argumento enganador por parte das elites partidárias e ingênuo por parte dos crentes, o de que sua baixíssima votação se deve à campanha da mídia burguesa. Se deve mais, isso sim, à incapacidade desses partidos de articular bases sociais, mobilizar eleitores, criar projetos para o país e falar a língua das pessoas.

Por 2 polegadas a mais, passaram a baiana pra trás...

8 comentários:

  1. Cara,
    quanto a se voltar contra o que você diz "ingenuidade", no argumento sobre o tempo de televisão, dá até pra concordar, afinal, não é apenas sobre tempo de tv que se pensa uma eleição em nossa democracia.
    No entanto, a forma com a qual você faz isso, comparando com um concurso de miss, é baixíssima, tão baixa quanto os argumentos contra os quais você se volta.
    A formação da recente democracia no Brasil, a concessão e crescimento da TV aberta nas últimas décadas (me arrisco até com as TVs Públicas - no caso da Fundação Padre Anchieta e da TV Cultura, que, inclusive, ilustra bastante nosso cenário mais recente)as elites brasileiras e os partidos políticos (não só entre aqueles que se chama de centro-direita, mesmo nas mais últimas esquerdas) tem relação, sim.
    Mas, como você, não acredito que isso seja determinante.

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  2. Olá hugo. O concurso de miss foi uma alegoria, como vc certamente percebeu. Não me ocorreu outro exemplo mais delicado e mesmo que tivesse ocorrido duvido que eu trocaria o concurso de miss. Creio que é eficientíssimo para mostrar quão antipolítica é a leitura a qual estou me opondo. Se ele é baixo, perdoe minha falta de criatividade.

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  3. Bizzarro,

    Pensei em um post enorme trabalhando infraestrutura/superestrutura, demonstrando como o direito, os meios de comunicação em massa e as regras do jogo eleitoral estão sujeitos à limites impostos por uma classe dominante e a pressões oriundas da mesma. Mas para não entrar em uma disputa infinita de referenciais teóricos, vou elencar alguns pontos:

    - Meios de comunicação: sem criticar canal x ou rádio y, sabemos que a concessão de sinais de tv e rádio são restritíssimas e autorizadas politicamente. E, para termos uma noção da instrumentalização, alguns dados: 32% dos senadores e 13% dos deputados federais são concessionários de rádio ou tv. Ingenuidade é ver o acesso aos meios como oportunidades iguais e democrática.

    - Sistema eleitoral: Plínio propõe uma reforma política ampla, a qual você, creio que sem conhecimento, reduziu a uma de suas propostas (a mais visível). A "força institucional do partido", como você gosta de dizer, não depende só do tempo de propaganda ou do custo da campanha, mas estes são fatores importantes no pleito. Todo sistema eleitoral - o tempo de propaganda, os critérios para convite aos debates, o financiamento privado de campanhas que privilegia os partidos com mais caixa - é estruturado com vistas à manutenção de quem está no poder, ou melhor, a manutenção do fato de que quem chegue lá esteja sujeito a determinados limites e pressões. Ou não precisou o PT abrir mão de suas demandas fundantes para chegar ao poder federal? Ingenuidade é achar que o PT "amadureceu suas idéias", como já ouvi dizerem, e não transformou seus meios em fins para a tomada do poder.

    - Nesse sentido, argumentar que a burguesia não gosta do PT, hoje, é infundado. Gosta porque o Brasil é um paraíso especulativo, com taxa de juros absurdas. Gosta porque, apesar da ascensão dos miseráveis, a concentração de renda aumentou. Gosta porque a política de assentamentos rurais regrediu, os madeireiros foram anistiados e a legislação ambiental foi afrouxada. Gosta porque o PT abriu mão da moratória, da reforma agrária, da reforma política, do aborto, da alta taxação de heranças e fortunas. Tanto gosta que Dilma é a preferida da classe A. Não estou falando que o PT teria transformado o Brasil em comunista (o que, até onde sei, nunca foi a proposta), mas que o partido chegou lá por deixar claro que não tomaria medidas que nem sequer afetassem o capital (lembra os empresários na propaganda do Lula em 2002? E a "carta ao povo brasileiro"?). Quem não gosta do PT é a classe média/média alta, presa a um orgulho meritocrático que repudia a transferência de renda, ao medo vermelho falsamente atribuído ao PT e à influência dos meios de massa instrumentalizados pela mídia anti-petista.
    (O PT já foi anti-burguês, e conseguiu se estruturar em um momento bastante específico de crise, que politizou a classe operária, e de emergência de movimentos sociais de cunho socialista, hoje já enfraquecidos. Mesmo assim, um debate político editado pela Rede Globo determinou a derrota de Lula para Collor. A mídia não é burguesa, afinal?)

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  4. Por fim, vou explicitar o que já deveria parecer obvio a esta altura: não se trata de um estratagema da mídia contra o Plínio, o Ivan Pinheiro ou qualquer outra pessoa, mas do próprio sistema eleitoral e da própria política de comunicações. Plínio não está pedindo para ter mais tempo nessas eleições, mas está explicitando o aburguesamento da política, por uma perspectiva classista. Exemplo simplificante: um partido "popular", "de esquerda" tende a ter filiados com menos poder aquisitivo, tendo um caixa menor para campanha. Além disso, enquanto tiver apego a suas demandas mais radicais, não irá se associar a partidos de centro, não terá aparição na grande mídia (instrumentalizada) e não receberá grande financiamento privado de campanhas, por ser contrário às grandes empresas. Isso constitui um obstáculo forte ao crescimento do partido, e às suas possibilidades de eleição. Um obstáculo que o PT conseguiu superar, a princípio formando uma rede de movimentos sociais de cunho socialista, mas depois, se desapegando às suas demandas radicais. O mesmo obstáculo não é tão inibidor para o crescimento de partidos burgueses em sua origem, pelo poder aquisitivo de seus membros, pela facilidade de alianças com centro e centro-direita, pela possibilidade maior de financiamento privado de campanha. É isso que chamas de democracia?


    Uma comparação, também pobre, mas mais prudente que o concurso de miss, seria equiparar o sistema eleitoral ao vestibular, que aparenta uma democracia, mas cujos concorrentes possuem condições desiguais na corrida. É por isso que Plínio prega uma reforma política que vai além da questão do tempo na televisão.


    E isso é tudo. Sei que discorda dos meus pressupostos teóricos, ainda que eu tenha evitado citações, então aguardo uma resposta enorme. Uma vez que você não faz uma leitura classista da situação, imagino que trará argumentos defendendo que o sistema é democrático, os quais são refutados por uma concepção classista, e isso nos levaria a um debate sem fim. Concordo quando você diz que a democracia representativa nos moldes que temos reflete as dinâmicas das relações sociais. Mas, crendo que essas relações são classistas, portanto desiguais, essa democracia facilita para uns e dificulta para outros em função da classe social. Uma reforma política como a de Plínio visa amenizar a questão. Enfim, dada nossa divergência de viés, já adianto que este foi meu único comentário aqui.

    Mas é bom levantar esse debate com você, Bizzarro. Debates sempre nos levam a aprofundar as reflexões, amadurecem nossos argumentos para o debate conseguinte. Debateremos mais vezes

    Abraços.

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  5. Evidentemente, sua análise classista não dá conta de tudo o que eu estou propondo. E não dá conta não apenas pq ela limita o escopo de possibilidades sobre as quais se pode compreender a sociedade, mas fundamentalmente pq o projeto dela derivado contraria essencialmente a minha percepção da política.
    Sua análise classista, imagino, associa a dinâmica da política à luta de classes. É dela que vc deriva sua explicação para o cenário atual e é dela que vc deriva seu projeto para o futuro. O problema de tal análise é que sua proposta associa-se à concepção de que o projeto futuro é essencialmente um projeto de supressão das classes.
    Nesse sentido, ele em nada difere do cenário polianesco no qual está inserido o argumento contra o qual me coloquei no post. Afinal, a supressão das classes é, para manter a lógica do argumento, a supressão da política. E quanto a isso, como vc pode imaginar, eu não estou de acordo.
    Minha proposta para lermos a democracia é a de que percebamos que ela é um regime da política e, enquanto tal, um jogo de forças no qual nossos projetos precisam disputar com os demais a vitória (que se expressa através da conquista do maior número de apoios na sociedade). Nesse sentido, precisamos não apenas admitir a desigualdade de forças como inerente à dinâmica da política como também assumir que nosso objetivo é superar a força de nossos adversários. O mundo dos anjos em que disputaríamos a política democrática quando todos tivéssemos as mesmas condições de disputar a preferencia dos eleitores é irreal e apolítico.
    Dessa forma, minha leitura das condições atuais da disputa estão inseridas nesse marco de análise. Certamente que não vivemos no mundo em que desejamos. Certamente parte dos meus adversários é mais forte que eu e parte é mais fraca. Isso não nega, entretanto, a democracia do atual contexto, as múltiplas possibilidades de transformação, participação e disputa da política atual.

    A luta é sempre a luta.

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  6. Essa parte antecede a outra

    1- Não entendi o argumento do ponto 1. Mas imagino que vc esteja querendo me mostrar que não é apenas uma questão de força eleitoral dos candidatos o que define seu espaço na televisão. Se foi isso, creio que tal ressalva está inserida no meu argumento: quando digo que a cobertura da TV tem q ser encarada como política - e nao como uma utopia democrática apolítica - eu pretendia dar conta de que as desigualdades no acesso aos meios de comunicação por parte dos diferentes candidatos está também relacionada à dinâmica de forças presente na sociedade. O que eu pretendia, portanto, demonstrar era o fato de que sugerir que há qualquer possibilidade de isso ser alterado para o cenário polianesco que determinadas visões pintam é ignorar que as relações de força no interior da sociedade têm sua principal expressão na política.

    2- Eu não falava de Plínio quando falei do concurso de miss. Falava de parte de seus eleitores, alguns deles colegas nossos que propõe a democracia que eu chamei de ingênua citada acima. E não apenas os psolistas.
    Quanto à segunda parte dos seus argumentos: vc diz que esse modelo de política democrática é feito para que os que já ocupam o poder possam se perpetuar nele. Imagino que vc soubesse que ao dizer isto estaria concordando comigo.
    Não nos esqueçamos o fato óbvio de que as leis e as normas são feitas por aqueles que ocupam o poder e, sem dúvida, todos farão o possível para conservá-lo. Isso é a política. Imaginar que qualquer político, seja ele comunista, nazista ou um democrata moderado fará coisas que coloquem em risco a manutenção de seu poder é algo fora de cogitação. Então vc apontar que o arcabouço institucional é feito para manter uma determinada ordem em nada altera o meu argumento. Pelo contrário, o reforça.

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  7. 3- De fato, também não acho que o PT amadureceu. O que o PT fez, e creio que vc concordará comigo, foi ampliar as possibilidades de vitória eleitoral abandonando uma parte de seu discurso e de sua estratégia política
    Nesse sentido, fez o caminho que toda a social-democracia européia fez na Europa do séc.XX, promovendo a conciliação de interesses entre os trabalhadores e o capital, promovendo desenvolvimento economico e distribuição de renda, sem colocar em risco as bases da dominação capitalista. Isso foi uma escolha dadas as condições da disputa. É uma exigência da democracia de massas tanto os recursos materiais que permitem que um partido faça uma campanha vitoriosa para 100 milhões de eleitores, quanto o acesso aos mais variados grupos sociais. Não é possível que partidos mantenham plataformas operárias em países nos quais o operariado não é a maioria da população.
    Isso posto, concordo de fato que o PT de 2002 não é o PT de 1989, esse bem menos digerível pela burguesia. As transformações petistas foram feitas para ganhar a eleição, eleger Lula e completar o projeto de poder do partido. Até aqui estamos de acordo?

    Entretanto, vc diz que a burguesia gosta do PT. Gosta, é claro que gosta. Talvez eu tenha me expressado mal, mas o que eu queria apontar era o fato de que durante um longo tempo a burguesia não gostou do PT. O debate Collor x Lula que vc aponta é um sinal claro disso.

    O meu ponto era demonstrar para os ingênuos que dizem que Zé Maria não cresce nas pesquisas pq não tem espaço, que o PT não teve durante um bom tempo espaço na TV também. Mas elegeu governadores, Senadores, Prefeitos, levou lula ao segundo turno em 89 mesmo com a grande mídia contra ele e com a burguesia tendo arrepios cada vez que via Lula.

    Dizer que o PT é hoje o partido da ordem não é o mesmo que dizer que ele sempre o foi. Durante um bom tempo ele não foi e nem por isso ficou conquistando um quantidade magérrima de votos como os partidos da extrema esquerda. É, como eu disse no post, desfaçatez das elites e ingenuidade dos crentes achar que só a falta de espaço ou mesmo as feitiçarias economico-sociais da burguesia dão conta de explicar a fragilidade desses partidos.

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  8. Não resisti. Algumas observações apenas, visando apenas esclarecer o que eu possa ter expressado mal e explicitar outros pontos do meu pensamento classista:

    - Não tratei, especificamente, só do horário eleitoral e do espaço nos debates porque creio que estes elementos estão inclusos em todo um aparato maior de defesa da burguesia no poder.

    - Se o "mundo dos anjos" é irreal - e concordo que hoje seja pelo caráter burguês dominante do poder político - , creio que há medidas cabíveis de serem implantadas que amenizam as desigualdades de "ponto de partida" na disputa política em sentido amplo (para além das eleições). Agora, uma coisa é certa (e, aqui, você irá concordar comigo): estas medidas, como medidas anti-ologopolização dos meios de comunicação, redistribuição do horário político, financiamento público de campanhas etc, não virão de presente do congresso ou do judiciário. Serão fruto de luta política, de pressões "de baixo para cima". A denúncia das questões e o apontamento de soluções faz parte da luta.

    - Enfim, amplifiquei a questão, para indo além da questão de tempo da TV, porque o tempo na TV é apenas um traço, um aspecto de todo um conjunto de regras ditadas por uma classe para a estruturação do poder político - que ocorre evidentemente de maneira mais complexa, mais mediada e mais indireta que a idéia simplista de "comitê para resolver assuntos da burguesia".

    - Enfim, sendo apenas um aspecto dentro de um aparato maior de defesa da burguesia no poder, deve ser encarado enquanto tal: nem essencial, nem desprezível - mas algo contra o qual deve-se lutar. Se a revolução está fora de pauta no momento histórico - e creio que está - cabe lutar contra o domínio pleno do capital nos diversos espaços da vida social e política, contrariando a hegemonia burguesa e fomentando gradualmente a possibilidade de outra sociedade.

    (Sua gastrite deve ter atacado nessa últimas linhas, não? Espero que sim... mas foi com carinho, hahaha)

    Gosto de conversar e debater com você, Bizzarro. Comente mais vezes no blog.

    Abraços e até o próximo post polêmico,

    Enrico.

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