segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sobre o uso da força


Caros e assíduos visitantes deste modesto espaço virtual,

Imploro que perdoem este humilde grupo que tem falhado para convosco nas atualizações do sítio em que estais. Buscaremos cumprir melhor nossas obrigações em relação aos que prezam pelas discussões aqui propostas.

Vamos, agora, ao tema desta postagem: aproveitando o momento tenso que vive nosso Ensino Superior Público - com até mesmo uma guerra, ainda que unilateral, entre polícia e estudantes - é sobre o ensino público , o poder político e o uso da força física que gostaria de falar. No entanto, trarei citações que coletei durante a semana para tal reflexão. Façam bom proveito.




"(...)onde existam boas armas convém que haja boas leis" (Maquiavel)


"Em nossa época, entretanto, devemos conceber o Estado contempoâneo como uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinado território - a noção de território corresponde a um dos elementos essenciais do Estado - reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física. É, com efeito, próprio da nossa época, o não reconhecer, em relação a qualquer outro grupo ou aos indivíduos, o direito de fazer uso da violência, a não ser nos casos em que o Estado o tolere: o Estado se transforma, portanto, na única fonte do 'direito' à violência" (Max Weber)


"Se encontrar um homem com força bem superior à minha e, além disso, o bastante depravado, preguiçoso e feroz para obrigar-me a prover a sua subsistência enquanto nada fizer, será preciso que ele se resolva a não me perder de vista um só instante e ter me amarrado com muito cuidado enquanto dormir, temendo que eu escape ou que o mate, isto é, será obrigado a expor-se voluntariamente a um trabalho muito maior do que deseja evitar e do que dá a mim mesmo" (Jean-Jacques Rousseau)


"Uma vez que exercer o Poder implica necessariamente ter a possibilidade de exercê-lo, o Poder social, em seu sentido mais amplo, é a capacidade de determinação intencional ou interessada no comportamento dos outros" (Norberto Bobbio)


"Temos que nos preparar realmente para que haja descoincidências entre o pensar e o agir. E pensar que é precisamente por isso que é tão importante pensar o agir, como pensar o pensar. Pensar nestas condições desafiantes implica uma transformação da subjetividade: é que só se pode produzir o mundo se nós o pensarmos produtivamente, e não consumisticamente. O que significa que a nossa capacidade de fazermos coisas diferentes pressupõe a nossa capacidade de sermos pessoas diferentes" (Boaventura de Sousa Santos)





Bom, minha idéia não era que as citações se complementassem (de fato, não se complementam). Era apenas trazer elementos para nossa reflexão. Espero que sejam úteis.

Sem mais, encerro aqui.

Um abraço,

Casmurro.

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