terça-feira, 9 de junho de 2009

Ateus?

Até que ponto somos realmente ateus quando nos firmamos como tais?

A necessidade humana pela figura de um superior e a busca por uma figura 'religiosa' é muitas vezes confundida com as religiões. Ora, o que são os intelectuais acadêmicos então, que negam o Deus Jesus Cristo, mas tomam para si o Deus Marx, o Deus Foucault, o Deus Bourdieu? São menos cristãos/religiosos do que os que creem na verdade de Jesus Cristo?

A necessidade humana pela criação de uma figura superior que dite a verdade. A noção da supressão de um desamparo com a 'morte de Deus', assim falava Zaratustra!

O que é a nossa vida senão uma reinvenção das práticas cristãs?

A simbologia de Matheus que profetiza aos berros, que trocamos por profetas sindicalistas que berram as causas das injustiças.

A figura do professor que tem um pouco de pastor, um pouco da figura do profeta.

A consciência de aprovação e reprovação. Conceitos cristãos que te dizem para refazer o mesmo na mensuração de um conhecimento, de um altruismo, de um purgatório.

Errado é aquele que nega a existência de Deus, pois este está presente nas pessoas que rezam, que oram, que acreditam. Negar a existência de Deus é negar, e não compreender, todas as pessoas que se baseam nesta existência que pra você não tem sentido.

Quão errado somos nós que compramos o relativismo acadêmico, mas colocamos os nossos Deuses como certos? Como verdadeiros? Como superiores? Que explicam a verdade da (in)existência de qualquer outro Deus!

Quão errado somos nós que 'desmacaramos' os Deuses alheios mas não temos a coragem necessária de fazer o mesmo com os nossos! Tudo isso por não nos vermos como realmente somos: FIÉIS DE DIVERSAS DOUTRINAS.

Um comentário:

  1. caro Calvin, é bom que trate a questão da religiosidade, que, julgo eu, bem como trata acima, nem sempre estar relacionada a uma religião, a uma corrente missionária, se é que podemos tratar assim...

    de fato, desacredita-se no Deus católico, evangélico, mas cada qual cria seu deus e seus mandamentos, como bem citou no exemplo acadêmico.

    como já tratamos em posts anteriores, a religião se faz necessária para a sobrevivência do homem quando ele não mais consegue explicar racionalmente, eis que surge o mistério e a fé, seja aonde ele se manifeste.

    excelente post!

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