sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sobre Corrupção

Boa noite, caros leitores.

Peço que perdoem este velho casmurro pela ausência de ontem. Estive num evento social de alta classe na quarta-feira pela noite, e uma empada má temperada ocasionou-me um mal estar durante todo dia de ontem. Peço perdão, igualmente, a meus camaradas do Beco, pelo atraso nesta postagem.

Venho falar-vos de um tema muito comentado nos notíciarios e conversas de bar, mas pouquíssimo levantado nos meios acadêmicos: a corrupção.

Os que se dedicam ao estudo de sociologia ou da ciência política, costumam ater-se às bases espistemológicas e metódicas das teorias sociais e das práticas partidárias delas consequentes, mas pouco se dedicam a tentativas de explicação, mensuração e análise das causas e consequencias do ato corrupto.

Nos últimos anos, todavia, este ramo tem crescido, embora ainda seja incipiente, e trazido importantes contribuições. Acadêmicos já vêm buscando definir corrupção de uma maneira mais clara e estudiosos buscam analisar casos em países. Evidentemente, tal trabalho é repleto de limitações, dado que trata-se de uma atividade criminosa que raramente é descoberta e cuja repercussão depende muito da boa (?) vontade da imprensa local. Ainda assim, organismos importantes, como a ONU e o Banco Mundial, têm se ocupado do assunto.



Uma das formas de realizar uma possível mensuração é através de uma pesquisa empírica que busque registrar a sensação popular em relação aos níveis de corrupção no país. É evidente que tal sensação é oriunda não só da quantidade de casos existentes, mas da história do país e da relação da imprensa dominante com o governo situacional. Ainda assim, é uma base razoável.

Sobre o assunto, a ONG Transparência (www.transparency.org) faz estudos importantes. Bem como sua co-irmã Transparência Brasil (www.transparenciabrasil.org.br). No site Às Claras (www.asclaras.org.br) podemos verificar o histórico de todos os políticos do Brasil, inclusive os financiadores das campanhas. É um dado interessantíssimo antes de colocarmos o dedo nas urnas em 2010.

Por hoje, fico por aqui.
Só mantenho a questão: Porque as ciencias sociais fogem do debate da currupção? Por que, ao invés de reclamar, não utilizamos estes instrumentos que temos para refletir melhor em quem votamos?


"Qual é o pior inimigo? O pai da corrupção ou o filho do mendigo? Quem é o grande culpado? O ladrão que tem 100 anos de perdão ou você que vota errado?" (Gabriel Pensador)

4 comentários:

  1. O assunto daria muita pauta Casmurro, será que Capitu tem te deixado pior?

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  2. caro bentinho,

    diferente de nosso amigo anônimo, gostei do post, acho que o assunto deva ser tratado de forma simples nesse meio - ou será que esse nosso amigo ainda nos abençoará com um post digno do nobel?!

    quanto ao problema da corrupção, o principal problema em nosso país é a apatia pela política, o desinteresse pela informação do meio, creio eu... a corrupção no Brasil, muitos dizem, é uma questão de "cultura", e, assim, o povo se acomoda nisso, no "não tem mais jeito" e chegamos a esse estado absurdo...

    acredito que não só é preciso utilizar os instrumentos para reflexão e escolha do voto como também para acompanhamento do mandato daquele que escolhemos!

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  3. Por que o Maluf, que nao tem nenhuma condenação penal por enriquecimento ilito, apropriação de recursos e afins aparace ilustrando a coluna?

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  4. cara amelie, vc deve estar enganada, pois existem mais de uma pessoa postando como anonimo, e não sou aquele chato que corrige crases.Apenas achei a matéria superficial, qual problema?

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