domingo, 3 de maio de 2009


Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...)

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

As religiões, conforme o que elas mesmas pregam, deveriam coexistir em harmonia entre si, ou pelo menos é assim que eu entendo. Não me faz sentido uma religião que pregue a imposição de seus dogmas e crenças para o restante da população, recusando e rebaixando as crenças alheias. Entretanto, é interessante notarmos que as religiões simplesmente não são capazes de coexistirem, elas necessitam de contante disputa. Disputam mais fiéis? Mais dízimos? Mais lugares no céu? Não sei, não entendo.

Algumas delas, abertamente, estão em conflito com outras religiões. O conceito de Jihad vem a ilustrar essa situação, no caso muçulmano. Nas disputas no (não tão distante assim) oriente médio, a disputa religiosa se mistura com a questão territorial e com tantos outros quetais que é difícil entender todas as nuances do conflito.

Aqui pertinho me lembro de dois casos passíveis de serem citados. Um deles é, naturalmente, a demonização das religiões afro. Prefeituras perseguem alegando a necessidade de alvará das casas de culto, utilizando-se da burocracia, muitas vezes, para minar um culto associado à pobreza, bruxaria, macumba. Temidas e desconhecidas as religiões afro sofrem com preconceitos de toda sorte. Outro caso a ser lembrado é o "chute na santa" do bispo da Universal que em tv , ao vivo, chutou apenas a padroeira do Brasil.

Não é questão de acreditar ou não. Convenhamos, isso é o fim da picada. Como uma religião pode se propor a isso???

Naturalmente não vou levantar a bandeira contra a Universal, mesmo por que é apenas a mais notória, não significando ser a única que persegue outras religiões em busca da manutenção e reforço dela própria. O que eu gostaria de levantar hoje é essa dificuldade de coexistir. Por que o ser humano é assim? No ideal, meu, de nossa legislação e imagino que de tantas outras pessoas, religiões deveriam auxiliar a respeitar-nos uns aos outros.

Coloco aqui uma foto do admirável Bono, do U2. Pode ter um milhão de defeitos, mas eu acho que o papel daqueles que são notórios e estão nos meios de comunicação é pregar a paz, o respeito, entre outras questões importantes. E não chutar a santa.


Não deveria ser tão difícil coexistir em paz.

Boa semana.

Abraços a todos!













5 comentários:

  1. a Bruxa está a solta...
    Pois concordo plenamente contigo. Para mim este lance de dízimo, de ter até essas religiões que "impedem" a pessoa de usar uma calça jeans, ver certos programas ou até, não tirar o próprio pelo do corpo... é uma tremenda falta do que fazer. Desde quando Deus impos que para crer nele deveriamos abrir mão dessas coisas? Onde está escrito essas regras? Na boa, acho bem melhor a gente fazer nossa oração quietinho no nosso canto, conversando com Deus que seja... do que ficar deixando as igrejas podres de ricas! Não querendo generalizar, por favor... mas já reparar que muitos dos estão lá "pregando a palavra" tem carro do ano, novo em folha? é tudo porque ele acreditou muito, sim claro, no dinheiro dos outros!!!!!!
    Por mim cada um tem que acreditar no que acha bom pra si, cada cabeça seu guia, sua sentença...

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  2. Irás duvidar da minha palavra? A fé é o que mantém as instituições religiosas meus caros.Apenas a fé!Como faram para acabar com a fé?

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  3. Tenta coexistir com o Edi.Todo mundo esta a favor do demonio.

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  4. Meu deus eu dobro e coloco dentro da carteira.É aceito por todos!

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  5. Caro Deus,
    Fé é uma coisa, instituição religiosa é outra.
    A fé está na gênese da instituição religiosa. A fé está nos fiéis que seguem a instituição. Mas não necessariamente, é o norte das instituições e das decisões de seus líderes. A instituição cresce, burocratiza-se, arrecada dinheiro... religiões e igrejas se pautam não pelo seu fim original (a prática da fé), mas pelo seus meios (o dinheiro, a auto-manutenção, a escala hierarquica, as regalias dos líderes, etc.) que se converteram em fins.
    E quando uma instituição religiosa se preocupa mais em arrecadar dinheiro e manter-se forte e influente do que em seguir seus princípios geradores, gera-se guerras por fiéis, abre-se brechas para líderes gananciosos, gera disputas internas por poder, etc.
    Enfim, não sei se me expressei bem, mas é dessa maneira que enxergo.
    Grato,
    Bentinho

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