segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Na Natureza Selvagem

No ano de 1990, com 22 anos e recém formado em Ciências Sociais com especialização em Antropologia, Christopher McCandless ao terminar a faculdade, resolve doar todo o seu dinheiro a uma instituição de caridade, mudar de identidade e partir em busca de uma experiência de libertação para transcender o materialismo vivenciado no cotidiano.

Abandonando a rica família, sem que ninguém saiba, parte para estrada. Caminha por uma grande parte dos EUA (passando até pelo México) seja pé, de canoa ou carona, arranjando empregos temporários sempre que o dinheiro faltava.


Sempre desconfiado das relações humanas e com uma enorme influencia de leituras que incluíam Tolstoi, Lord Byron e principalmente Thoreau, desejava viver algum tempo no Alaska onde poderia estar longe do homem e da sociedade. O que vai acontecendo durante este caminho transforma o Cris (o super-andarilho) num símbolo de resistência para inúmeras pessoas.

Sendo uma espécie de Thoreau dos anos 90, Christopher busca provar para si mesmo que a verdadeira felicidade do homem só pode ser encontrada em contato com a natureza. Busca provar que tanto as relações humanas como os bens materiais não são capazes de trazer uma felicidade genuína, mas sim alienada.


Em outras palavras, libertando-se da sociedade, de suas regras, das relações humanas e do apego a bens de consumo é que o homem conseguirá atingir a liberdade e consequentemente a real felicidade, aquela que nada nem nínguem seria capaz de tirar. A felicidade por si só, incondicional.

Pra quem quiser o trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=5knsMrhR75w

"Rather than love, than money, than faith, than fame, than fairness... give me truth."
(Thoreau)

3 comentários:

  1. "There's no money, there's no possession, only obsession. I don't need that shit. Take my money, take my obsession"

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  2. uau. Post lindo! Amei!!

    Está aí algo que eu adoraria fazer. Mas não sei se sou capaz de tamanho desapego com tudo. Aliás, acho difícil me desapegar daquilo que aprendemos a crer como necessário; e não me refiro apenas aos bens, mas tbm às instituições como família, comunidade...etc etc etc

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